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CARNAVAL
Esquema contará com 2.825 homens; sambistas deverão ser revistados nos ônibus, nas quadras e na concentração
Desfile em SP terá reforço na segurança
PALOMA COTES
DA REPORTAGEM LOCAL
Após a morte de três pessoas em
confrontos entre blocos ligados à
União das Escolas de Samba de
São Paulo (Uesp) -e que são vinculados a times de futebol da cidade-, o Anhembi anunciou reforços na segurança para os desfiles
das escolas de samba do Grupo
Especial, que acontecem na próxima sexta-feira e no sábado e devem reunir 60 mil pessoas.
No sábado passado, integrantes
do bloco são-paulino Independente atacaram corintianos do
bloco Pavilhão 9. O carnavalesco
Ruy Luciano Nogueira, 25, do Pavilhão 9, morreu com um tiro na
cabeça. Após o desfile, dois ônibus do Independente foram em
direção à quadra da palmeirense
Mancha Alviverde, onde havia
uma festa. Duas pessoas foram espancadas até a morte.
Ontem à noite, em assembléia, a
Uesp decidiu eliminar o Independente, que desfilou no sábado, e
desfiliá-lo, em caráter irrevogável
(leia texto nesta pág.)
Se a Uesp chegar à conclusão de
que o Pavilhão 9 teve culpa no caso, aplicará a mesma punição.
Além disso, só após a apuração
será julgado se o desfile do Pavilhão 9 será considerado (o bloco
percorreu o sambódromo cantando só o pai-nosso).
A Uesp diz, em nota, que não
havia no local policiamento suficiente. O comando da Polícia Militar nega e diz que esteve no local
com 340 homens e agiu rapidamente logo após a briga.
Medidas
Para evitar incidentes, o presidente do Anhembi, Celso Marcondes, decidiu ampliar, de 2.165
para 2.825 homens, o esquema de
segurança nos desfiles do Grupo
Especial. Só a PM irá aumentar de
900 para 1.200 o efetivo. Haverá
também seguranças contratados
pela Liga das Escolas de Samba,
responsáveis por revistar sambistas nas quadras.
Como no ano passado, a tropa
de choque da Polícia Militar estará nos portões do sambódromo.
As novidades são as revistas de
ônibus de sambistas e de integrantes das escolas na concentração. "Não é possível revistar todos
os componentes de uma escola,
mas vamos usar todo o know-how que temos com as torcidas e
jogos de futebol", afirmou o coordenador operacional da PM, coronel Leopoldo Correa. Três equipes contratadas pelo Anhembi filmarão as escolas.
"Nunca houve um processo de
revista das pessoas que desfilam.
Comparo isso a revistar um jogador de futebol antes da partida.
Foi um fato inédito e estamos atônitos", disse Marcondes.
Durante os desfiles, 30 policiais
civis estarão infiltrados nas arquibancadas, nos camarotes, na concentração e na dispersão. Cadetes
da PM também circularão por esses setores.
De acordo com o delegado titular da Deatur (Delegacia de Atendimento ao Turista), Antonio
Carlos Menezes Barbosa, esses
policiais vão prender pessoas que
ameaçarem a segurança.
Colaborou o "Agora"
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