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VIOLÊNCIA
Subsecretário diz duvidar disso
Para Rosinha, garotos mortos eram traficantes
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A governadora do Rio, Rosinha
Matheus, disse ontem acreditar
que os três menores mortos, no
domingo, por policiais do Bope
(Batalhão de Operações Especiais
da PM) na Favela da Rocinha (zona sul) eram traficantes. "O caso
será apurado, mas as informações
que tenho da polícia são que eles
eram mesmo traficantes."
"A polícia está lá para evitar
problemas. Na verdade, num
confronto morrem policiais ou
bandidos", afirmou ela, descartando a morte de inocentes em
confrontos como o de domingo.
Rosinha deu ordens para que a
favela continue ocupada por PMs
por tempo indeterminado. As armas que estavam com os quase 50
PMs que participaram da ação foram apreendidas para exames de
balística com os projéteis retirados dos corpos dos menores.
Já o subsecretário de Direitos
Humanos do Estado, Paulo Baía,
disse duvidar da versão contada
pelos policiais. Ele afirmou que
acredita na versão dos moradores, de que os jovens eram estudantes e trabalhavam em uma feira no Jardim Botânico (zona sul).
Na manhã de ontem, Baía visitou no hospital Miguel Couto (zona sul) o jovem Marcelo Rodrigues da Silva, 16, que também foi
atingido durante a ação do Bope.
O rapaz passa bem e afirma que
os policiais fizeram os disparos de
forma indiscriminada. Baía também conversou com os pais dos
menores mortos. "Coloco em dúvida a versão da polícia e dou crédito às famílias. Quero que o caso
seja esclarecido e que os culpados
sejam punidos."
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