São Paulo, sábado, 25 de fevereiro de 2006

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REPERCUSSÃO

José Gregori, ex-ministro da Justiça do governo Fernando Henrique Cardoso e presidente da Comissão Municipal de Direitos Humanos de São Paulo
"Não há razão para que o crime hediondo não tenha progressão de pena. Esse engessamento na prática não trouxe nenhuma vantagem no combate à violência"

Alberto Toron, membro do Conselho Federal da OAB
"A decisão motiva o Legislativo a criar uma lei que "recalibre" o sistema penal. A progressão de pena para os hediondos tem que ser diferente dos comuns"

Antonio Sergio Pitombo, advogado e especialista em direito penal
"Um dos erros da Lei de Crimes Hediondos foi impedir a progressão de regime. Gerava um trauma para o condenado pois o impossibilitava de ter esperança"

Jorge Damus Filho, 51 é administrador de empresas e pai do estudante Rodrigo Balsalobre Damus, 20, assassinado em 1999, no Morumbi, em São Paulo.
"É muito fácil achar que não ter direito à progressão de regime é inconstitucional dentro do STF, cercado por seguranças, com filhos morando no exterior e andando de carro oficial."

Bene Barbosa, é bacharel em direito e presidente da ONG Viva Brasil, frente contra o desarmamento
"Com essa decisão, mais de 30 mil criminosos vão para as ruas. No voto do ministro [do STF] Eros Grau ele diz que o cumprimento da pena em regime fechado é cruel e desumano. Cruel e desumano é o que esses criminosos fazem com a sociedade honesta"

Reinaldo Caffé, economista, é pai do estudante Felipe Silva Caffé, 19, assassinado junto com a namorada Liana Friedenbach, 16, em novembro de 2003, em Embu-Guaçu, na Grande São Paulo
"O que se observa é que a Justiça brasileira está cada vez mais frouxa. Na minha opinião, no Brasil, as leis não passam de piada e a Justiça é uma grande mentira"


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