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RIO
Conclusão é que Lorde não foi beneficiado
Corregedoria descarta ajuda dada a traficante
DA SUCURSAL DO RIO
Investigação da Corregedoria-Geral Unificada da Secretaria de
Segurança do Rio não achou elementos de que Anderson Gonçalves dos Santos, o Lorde -acusado de tráfico e mandante confesso
do ataque ao ônibus da linha 350
que deixou cinco mortes-, tenha
sido enviado pela Secretaria Estadual de Direitos Humanos a um
abrigo em São Paulo duas semanas antes de se entregar à polícia.
No dia 14 de janeiro, a Folha publicou reportagem que afirmava
que, segundo relato de funcionários da Secretaria de Direitos Humanos, Lorde havia se apresentado em 21 de dezembro com nome
falso, dito que estava sendo ameaçado de morte e que tinha pedido
ajuda para deixar o Estado. Sem o
reconhecer, a secretaria o encaminhou a um abrigo em São Paulo.
A reportagem relatava que o suposto erro só foi descoberto
quando Lorde se entregou à polícia em 5 de janeiro. Ao verem sua
imagem, funcionários da secretaria disseram ser ele o homem que
havia se apresentado no dia 21.
Segundo a reportagem, Lorde
se apresentou com o nome de
Marco Aurélio de Souza. Segundo
a Corregedoria, o número de
identidade apresentado corresponde ao registrado em nome de
Marco Aurélio de Souza, filho de
pai não declarado, sem passagem
pela polícia, o que descartaria a
hipótese de Lorde ter ido à secretaria com documento falso.
No depoimento atribuído a
Marco Aurélio de Souza, ele afirma que morava na favela do Dique, Vigário Geral, e que pertencia ao tráfico de drogas no local.
Diz que os traficantes foram avisados de que a favela seria invadida por rivais por ter escondido
Lorde, após o incêndio do 350, e
que recebeu telefonema dizendo
que seus irmãos tinham sido esquartejados. A PM esteve no local,
mas nada encontrou.
Ao tomar conhecimento das
conclusões da Corregedoria, a Folha voltou a ouvir os funcionários
da secretaria. Eles continuam a
pedir que seus nomes sejam preservados, mas reafirmam ser Lorde e Souza a mesma pessoa, apesar de não terem provas disso.
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