São Paulo, terça, 25 de março de 1997.

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Polícia Civil cria delegacia contra estupro

da Reportagem Local

Para agilizar as investigações dos casos de estupro, o Decap (Departamento de Polícia Judiciária da Capital) criou o Setor de Investigações sobre Crimes de Estupro e Atentado Violento ao Pudor.
O setor deve começar a funcionar em 15 dias, na sede do 78º DP, nos Jardins (zona oeste de SP).
Além de delegados, investigadores e escrivães, a equipe terá psicólogas e assistentes sociais.
``A maioria dos casos de estupro não é denunciada por constrangimento da vítima. Com profissionais treinados para recebê-la, o número de denúncias deve aumentar'', disse o delegado Alberto Angerami, diretor do Decap.
O número de estupros registrados na polícia vem se mantendo estável desde 1994, com cerca de 1.100 por ano. Mas ele acha que esse número corresponde a apenas 20% do total de casos.
Apenas em janeiro e fevereiro deste ano, já aconteceram 152 estupros na capital.
Outro objetivo desse setor é centralizar as investigações sobre ``estupradores em série'', que agem em várias regiões da cidade.
Segundo Angerami, hoje em dia esse trabalho é dividido pelas várias delegacias da capital, que acabam ``batendo cabeça'' e tendo poucos resultados concretos.
Dois estupradores em série estão sendo procurados pela polícia. Um deles age no Parque Villa-Lobos, em Pinheiros (zona oeste), e seria responsável por 15 estupros.
O outro procurado teria atacado pelo menos cinco garotas no Parque Continental, zona oeste.
Angerami divide os casos de estupro em dois tipos: o doméstico e o externo. No caso doméstico, a vítima normalmente é criança ou adolescente e sofre a violência de pessoas que vivem na mesma casa, mas não são parentes.
Já o estupro externo é cometido na rua, em parques ou matagais, normalmente por desconhecidos,
Três acusados de abuso sexual foram presos ontem em São Paulo.
No Jardim São José (zona sul), Digenaldo Pereira da Silva, 27, foi reconhecido por três supostas vítimas. Demétrio Prado foi preso no Morumbi (zona oeste), acusado de estuprar uma menina de 16 anos.
No Jardim Peri Alto (zona norte), o pintor Aéliton Nunes Ferreira, 25, foi acusado de violentar seu enteado D.V.S.A, 7.

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