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HABITAÇÃO
Governo do Rio solicitou licença ambiental para conjunto habitacional
Deputada pedirá embargo de obra
da Sucursal do Rio
O embargo das obras do conjunto habitacional Nova Sepetiba,
que está sendo construído na zona oeste do Rio para abrigar 40
mil pessoas, será solicitado na segunda-feira pela vice-presidente
da Comissão de Meio Ambiente
da Assembléia Legislativa, deputada Solange Amaral (PTB).
Ela decidiu mover uma ação civil popular solicitando a paralisação da construção das 10 mil casas
do megaconjunto, enquanto não
for concedido o licenciamento
ambiental pela Feema (Fundação
Estadual de Meio Ambiente).
Solange Amaral visitou ontem
as obras já iniciadas do Nova Sepetiba com um grupo de deputados e ambientalistas. Além da
ação civil pública, ela vai ingressar
na Justiça, na próxima semana,
com ações acusando três autoridades do governo do Estado de
crime ambiental.
O presidente da Cehab (Companhia Estadual de Habitação do
Rio de Janeiro), Eduardo Cunha,
será acusado de ação danosa ao
meio ambiente, por ter autorizado o início das obras do Nova Sepetiba sem licença ambiental.
O secretário estadual do Meio
Ambiente, André Corrêa, e o presidente da Feema, Axel Grael, serão acusados por omissão diante
de danos ambientais.
Os advogados do escritório
Paulo Elísio de Souza - especializado em direito ambiental-,
que serão os autores da ação, vão
acusar as três autoridades com
base na Lei do Crime Ambiental.
A punição prevista é de três anos
de reclusão e multa.
Procurados pela Folha, Corrêa e
Grael declararam, por meio da assessoria de comunicação da Secretaria do Meio Ambiente, que
vão aguardar a ação judicial para
falar em juízo. Eduardo Cunha
não respondeu as ligações.
O grupo que visitou as obras do
Nova Sepetiba constatou diversas
irregularidades ambientais. Segundo ela, não há rede de drenagem de água para a chuva, o que
poderá provocar alagamentos.
Os visitantes constataram também que um curso d'água, o Canal da Goiaba, foi totalmente tampado para viabilizar o trabalho
das máquinas que estão em atividade no terreno.
Solange Amaral disse que esteve
ontem à tarde no gabinete do presidente da Feema. Segundo ela,
Axel Grael teria dito que a obra do
conjunto habitacional não tem licença ambiental e que somente
ontem a companhia teria entrado
com um processo de pedido de licença na fundação.
A Coordenadoria de Comunicação Social do governo havia informado anteontem que o pedido
de licenciamento teria chegado à
Feema no dia 3 de março.
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