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SP quer transformar área pública em garagem
EVANDRO SPINELLI
ALENCAR IZIDORO
DA REPORTAGEM LOCAL
O Estado e a Prefeitura de
São Paulo discutem o uso de
áreas públicas para construir
garagens com a justificativa de
reduzir a lentidão na cidade.
O governador José Serra
(PSDB) e o prefeito Gilberto
Kassab (DEM) afirmaram ontem que os estudos envolvem
uma parceria para que algumas
áreas de propriedade do Estado
e do município possam ser usadas como estacionamentos.
Além da proposta já divulgada anteriormente de fazer bolsões perto de estações do metrô
para atrair os usuários de carro
ao transporte coletivo, os técnicos devem discutir a localização de terrenos públicos ociosos em vias alternativas para
construir garagens verticais,
permitindo restringir, nesses
mesmos lugares, a possibilidade de estacionamento nas ruas.
Seria uma forma de aumentar a fluidez nessas rotas, abrindo espaço para uma faixa extra
de circulação dos veículos.
Serra disse estudar também
medidas para a melhor articulação entre metrô e ônibus municipais. "O trânsito é o problema número um não apenas da
cidade de São Paulo como também da região metropolitana."
Kassab, que já revelou o desejo de ser candidato à reeleição, está preocupado com a repercussão negativa dos seguidos recordes de congestionamento na capital paulista.
Na semana passada, foi divulgado um plano emergencial,
porém com ações tímidas e sem
metas precisas para a redução
dos índices de engarrafamento.
A prioridade ficou para as
obras do transporte coletivo.
São 19 intervenções, principalmente em corredores de ônibus -dez delas têm término
previsto apenas para junho (como a adequação na geometria e
nos semáforos no cruzamento
da rua da Consolação com a
avenida Ipiranga) e quatro estão ainda em fase de projeto.
Só uma parte das intervenções começou ontem -como a
implantação, na rua Clélia (zona oeste), de uma faixa exclusiva de ônibus à esquerda, entre a
praça Cornélia e a av. Pompéia,
das 6h às 11h e das 17h às 20h.
Kassab disse que não estava
planejado iniciar as obras ontem. Para ele, os resultados foram positivos onde as ações começaram, como na Clélia.
O prefeito disse que podem
ser adotadas novas medidas e
não descarta, a médio prazo,
até a cobrança de pedágio urbano e a ampliação do rodízio.
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