São Paulo, terça-feira, 25 de março de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

SP quer transformar área pública em garagem

EVANDRO SPINELLI
ALENCAR IZIDORO
DA REPORTAGEM LOCAL

O Estado e a Prefeitura de São Paulo discutem o uso de áreas públicas para construir garagens com a justificativa de reduzir a lentidão na cidade.
O governador José Serra (PSDB) e o prefeito Gilberto Kassab (DEM) afirmaram ontem que os estudos envolvem uma parceria para que algumas áreas de propriedade do Estado e do município possam ser usadas como estacionamentos.
Além da proposta já divulgada anteriormente de fazer bolsões perto de estações do metrô para atrair os usuários de carro ao transporte coletivo, os técnicos devem discutir a localização de terrenos públicos ociosos em vias alternativas para construir garagens verticais, permitindo restringir, nesses mesmos lugares, a possibilidade de estacionamento nas ruas.
Seria uma forma de aumentar a fluidez nessas rotas, abrindo espaço para uma faixa extra de circulação dos veículos.
Serra disse estudar também medidas para a melhor articulação entre metrô e ônibus municipais. "O trânsito é o problema número um não apenas da cidade de São Paulo como também da região metropolitana."
Kassab, que já revelou o desejo de ser candidato à reeleição, está preocupado com a repercussão negativa dos seguidos recordes de congestionamento na capital paulista.
Na semana passada, foi divulgado um plano emergencial, porém com ações tímidas e sem metas precisas para a redução dos índices de engarrafamento.
A prioridade ficou para as obras do transporte coletivo. São 19 intervenções, principalmente em corredores de ônibus -dez delas têm término previsto apenas para junho (como a adequação na geometria e nos semáforos no cruzamento da rua da Consolação com a avenida Ipiranga) e quatro estão ainda em fase de projeto.
Só uma parte das intervenções começou ontem -como a implantação, na rua Clélia (zona oeste), de uma faixa exclusiva de ônibus à esquerda, entre a praça Cornélia e a av. Pompéia, das 6h às 11h e das 17h às 20h.
Kassab disse que não estava planejado iniciar as obras ontem. Para ele, os resultados foram positivos onde as ações começaram, como na Clélia.
O prefeito disse que podem ser adotadas novas medidas e não descarta, a médio prazo, até a cobrança de pedágio urbano e a ampliação do rodízio.


Texto Anterior: Motorista que matou família não disputava racha, diz advogado
Próximo Texto: Só 44% dos PMs têm colete à prova de balas, diz estudo
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.