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32 escolas estaduais atingem nível "top"
No ano anterior, nenhuma instituição alcançou esse patamar em exame feito pelo próprio governo; número representa 1% da rede
Educador diz que número é baixo, mas o que preocupa são os 20% de colégios com nota 3; Secretaria da Educação diz que toda a rede melhorou
FÁBIO TAKAHASHI
DA REPORTAGEM LOCAL
Trinta e duas escolas estaduais de São Paulo -o equivalente a 1% da rede- atingiram
no ano passado um patamar de
qualidade considerado ideal
pelo próprio governo (nível semelhante ao da Finlândia, líder
em rankings internacionais).
Dos colégios "tops", só dois
estão na capital. No ano anterior, nenhuma unidade do Estado alcançou o objetivo no
Idesp, a avaliação estadual.
O índice considera o desempenho dos estudantes nos exames de português e matemática (Saresp), além da taxa de
aprovação dos alunos. A intenção é que, em 2030, a média da
rede seja semelhante à situação
atual dos países desenvolvidos.
Os dados foram tabulados
pela Folha, com base nas notas
publicadas ontem pela Secretaria Estadual da Educação. Até
então, haviam sido divulgadas
apenas as médias da rede.
"O número de escolas que
atingiram o objetivo é muito
baixo", afirma o pesquisador
Ocimar Alavarse, da Faculdade
de Educação da USP. "Mas é
preciso considerar que os patamares são bem exigentes."
O secretário Paulo Renato
Souza (Educação) diz que "o fato de mais escolas terem atingido a meta de longo prazo é positivo. Mais importante, porém, é constatar a forte melhoria de toda a rede de escolas".
A gestão José Serra (PSDB)
espera que, da 1ª à 4ª série, a rede tenha nota 7 no Idesp em
2030, numa escala de 0 a 10.
Hoje, está em 3,85 (era de 3,25
um ano antes). Da 5ª à 8ª, espera-se média 6 (hoje em 2,8); no
ensino médio, 5 (hoje em 1,9).
"A evolução muito positiva
no primeiro ciclo do ensino
fundamental permite prever
melhor progressão escolar,
pois alunos mais preparados
estão seguindo para o segundo
ciclo", diz Paulo Renato. Educadores classificaram como "tímido" o avanço nas médias.
Interior x capital
Para o pesquisador da USP,
as escolas do interior tendem a
atingir níveis melhores porque
os professores mudam menos
de colégio do que na capital.
A estabilidade do corpo docente aparece nos estudos educacionais como fator de melhoria. Além disso, diz Alavarse, as
escolas na região metropolitana são maiores. "Eu mesmo
trabalhei como coordenador
em uma que tinha 1.700 alunos.
Como dar atenção a todos?"
Colaboraram ALEXANDRE NOBESCHI e
RODRIGO FIUME , da Redação
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