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Sistemas híbridos são unanimidade, segundo o Banco Mundial
Especialistas defendem ação
conjunta de Estado e empresas
da Reportagem Local
Qual o papel dos sistemas público e privado de saúde na manutenção do bem-estar dos cidadãos? Este foi o principal tema
de discussão do ``Encontro Internacional sobre Sistemas de
Saúde: Algumas novas experiências', realizado ontem no
Hotel Maksoud Plaza, região
central de São Paulo.
Os participantes do seminário
concordaram em um ponto: a
noção de que cabe apenas ao Estado cuidar da saúde de seus cidadãos não é mais uma unanimidade no mundo.
Em maior ou menor grau, a
maioria dos países tem hoje sistemas de saúde híbridos, em que
a medicina estatal convive com a
privada. O economista do Banco
Mundial Philip Musgrove mencionou um levantamento feito
em 58 países que mostra a quase
ausência de sistemas unicamente estatais ou privados.
``Os sistemas público e privado têm que ser parceiros no
atendimento ao doente'', disse o
médico Raul Cutait, do Instituto
para o Desenvolvimento da Saúde, organizador do seminário.
O ministro da Saúde, Carlos
Albuquerque, que participou do
evento, também reconheceu a
impossibilidade de atuação isolada do sistema estatal. ``Nem o
governo nem a iniciativa privada pode atender sozinho às necessidades da população'', disse
o ministro.
O relacionamento entre a medicina pública e privada é, no
entanto, um problema universal. No badalado modelo chileno, os planos de saúde empurram para os hospitais públicos
as cirurgias mais caras -exatamente o que acontece no Brasil.
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