São Paulo, quarta-feira, 25 de abril de 2001

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LIXO

Empresa, que tinha até anteontem para regularizar coleta na Mooca e em Aricanduva, terá até domingo para normalizar serviço

Marta recua e dá novo prazo à Transpolix

Evelson de Freitas/Folha Imagem
Lixo acumulado ao lado do Cingapura Chácara Bela Vista, no Parque Novo Mundo, na zona norte


CHICO DE GOIS
DA REPORTAGEM LOCAL

A Prefeitura de São Paulo recuou e decidiu conceder um novo prazo para que a empresa Transpolix, responsável pelo serviço de varrição e coleta de lixo nas administrações regionais da Mooca e de Aricanduva, regularize o funcionamento do serviço.
Na sexta-feira, o diretor do Limpurb (Departamento de Limpeza Urbana), Alfredo Luiz Buso, havia dito que a empresa deveria regularizar o serviço até segunda-feira. "Se a situação não estiver normalizada [até segunda-feira", vamos rescindir o contrato."
No entanto, a prefeitura decidiu ontem estender o ultimato à empresa até este domingo.
Desde que começou a trabalhar, dia 18, a empresa vem sendo acusada por moradores de não recolher todo o lixo. O próprio diretor do Limpurb admitiu que recebe "de 70 a 80" telefonemas diários de moradores que reclamam do serviço da Transpolix.
Inicialmente, a prefeitura pensou em rescindir o contrato. Ontem, no entanto, a prefeita Marta Suplicy (PT), pela manhã, durante visita à Administração Regional da Mooca, disse que gostaria que a Transpolix continuasse trabalhando para que o serviço não fosse executado apenas pelas mesmas empresas que trabalhavam para a prefeitura anteriormente.
A Transpolix foi uma das seis empresas contratadas emergencialmente neste mês. Quatro (Vega Ambiental, Enterpa, Cliba e Marquise) já faziam esses serviços na gestão Celso Pitta (1997-2000).
À tarde, a prefeita chamou o diretor do Limpurb e o secretário de da Infra-Estrutura Urbana, Walter Rasmussen, para, de acordo com o secretário, "fazer uma avaliação da situação e procurar um melhor caminho para que o lixo fosse retirado das casas".
"Decidimos dar mais uma semana (até domingo) para que as empresas se organizem e coloquem os serviços em ordem", afirmou Rasmussen.
O secretário disse que a Transpolix receberá multas "de R$ 5 mil a R$ 6 mil" por dia, desde a quarta-feira passada, quando começou a operar na cidade.
Rasmussen informou também que a Queiroz Galvão, responsável pela limpeza nas administrações regionais do Ipiranga (zona sul) e da Vila Prudente (leste), também será multada, mas ele não soube dizer o valor.

Transição
"Estamos passando por um período de transição e pedimos para a população ter um pouco de paciência", disse o secretário. Segundo Rasmussen, a avaliação dele, de Marta e de Buso é que a quebra do contrato com a Transpolix causaria "mais tumulto".
Caso decida mesmo romper o contrato, a prefeitura deverá contratar a empresa Marca, de Vitória (ES), segunda colocada na apresentação de preços para as regionais nas quais a Transpolix presta o serviço.
"Temos de dar uma oportunidade para a empresa, que está se empenhando em resolver o problema", disse Rasmussen. "Mas se avaliarmos domingo que os serviços não estão bons, vamos chamar a segunda colocada."


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