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Após discussão, presos são decapitados em SP
FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
Três presos decapitados por outros detentos tiveram as cabeças e
os restos dos corpos atirados na
noite de anteontem no corredor
de um dos quatro pavilhões da cadeia pública Manoel Luiz Ribeiro,
o chamado Cadeião de Praia
Grande (litoral paulista).
Além da cabeça cortada, José
Luiz de Oliveira Souza, 18, teve o
corpo esquartejado. Os outros
dois mortos são Rodrigo Silva
Trindade, 18, e Paulo Roberto de
Moura, 49, que estava na cadeia
desde 1999.
Os crimes começaram a acontecer após uma discussão entre detentos pouco antes das 20h, horário em que foi recolhido o corpo
de Rodrigo Trindade. Uma hora
mais tarde, ocorreram os outros
dois assassinatos. Trindade havia
recebido alvará de soltura, e, no
momento do crime, familiares esperavam por ele do lado de fora.
O diretor da cadeia, delegado
Cláudio Rossi, afirmou que não é
a primeira vez que crimes do gênero acontecem na prisão. Segundo ele, em pelo menos cinco outras ocasiões, presos foram decapitados por companheiros.
"Virou moda. Sempre que matam, decapitam. É uma guerra entre eles", afirmou o diretor, que
disse desconhecer a motivação
dos homicídios, cuja autoria será
apurada em inquérito instaurado
pelo 2º Distrito Policial da cidade.
Na avaliação de Rossi, a crueldade dos assassinatos é um meio
empregado pelos detentos que
disputam a liderança da cadeia
para intimidar outros presos e
impor respeito.
O Cadeião de Praia Grande tem
512 vagas e recebe a maioria dos
homens presos pela polícia da
Baixada Santista. A cadeia é destinada somente a presos que aguardam o julgamento. Atualmente,
788 detentos estão no local.
Fuga
Em Mongaguá (litoral sul de
SP), sete homens fugiram na noite
de anteontem do presídio semi-aberto Rubens Aleixo Sendin,
após um princípio de rebelião.
Em revista nas celas, policiais
apreenderam cinco aparelhos de
telefone celular, três carregadores
de baterias, dez facas e um facão.
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