São Paulo, quinta-feira, 25 de abril de 2002

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FOVEST

FEIRA DE LIVROS

Evento proporciona contato com temas da atualidade


DISCUSSÕES AJUDAM NA HORA DE FAZER A REDAÇÃO, E AINDA É POSSÍVEL APROVEITAR AS PROMOÇÕES E OS LANÇAMENTOS


José Nascimento/Folha Imagem
CHAMANDO A ATENÇÃO Ponte Cidade Jardim (zona oeste de São Paulo) transformada em estante com livros gigantes para promover a Bienal

FÁBIO PORTO SILVA
DA REPORTAGEM LOCAL

A 17ª Bienal Internacional do Livro, que começa hoje em São Paulo, é uma boa chance de o vestibulando participar de debates sobre importantes temas atuais, que podem ser cobrados nas redações das principais provas. Além disso, é uma oportunidade para encontrar obras que o ajudem a estudar e que falem sobre a carreira que lhe interessa.
Combinando lazer e informação, a Bienal de São Paulo é a terceira maior feira de livros do mundo e este ano traz 830 expositores e cerca de 110 mil títulos (1.700 lançamentos).
A organização do evento estima que quem passar por todos os estandes deve percorrer pelo menos 3,3 quilômetros. Nos 11 dias do evento, a organização da Bienal espera um público de cerca de 360 mil pagantes e de 150 mil estudantes participantes do programa de visitação escolar (veja quadro ao lado).
Quem comprar um livro durante a Bienal receberá o Checklivro CBL, um bônus correspondente a 10% do valor da compra, que poderá ser descontado do preço de um livro adquirido em qualquer livraria fora da Bienal. Algumas editoras vão fazer promoções nos estandes, com livros a R$1,00.
Além dos lançamentos e promoções, outra atração para os estudantes são as palestras. Os principais debates ocorrem no Salão de Idéias e no Projeto Universidade, espaços especiais para discussão entre convidados e público.

Informação
Dácio de Castro, supervisor de português do Anglo, acredita que visitar a feira é uma excelente oportunidade de se informar e se atualizar criticamente sobre os temas atuais mais palpitantes. "O estudante deve ter em vista também suas pretensões culturais e o que ele julga ser mais importante para a sua formação."
Para o coordenador da unidade Borba Gato do Intergraus, Carlos Alberto Ciscato, ir à Bienal é uma experiência útil, que "abre a cabeça do aluno". "É uma oportunidade de sair do ambiente de aulas e exercícios e, ainda assim, estar em contato com cultura."
A coordenadora de português do Etapa, Célia Passoni, sugere que seus alunos visitem o evento. De acordo com ela, é uma ocasião em que o estudante pode se familiarizar e adquirir sensibilidade para a imagem do livro, já que, acredita a professora, o estudante o encara como uma obrigação em virtude das leituras pedidas nas escolas. "É um evento importante por colocar o jovem, que não tem muito o hábito de freqüentar livrarias, em contato com o livro." Para Célia, a freqüência às livrarias tem aumentado por causa das grandes redes de lojas de livros nos shoppings.
"É importante trabalhar o olhar do aluno para o mundo, e o mundo atual é marcado pelo comércio. É uma oportunidade também de refletir sobre o mercado cultural e sobre o modo como ele influencia nossas vidas", diz a professora de literatura do Cursinho da Poli Ivian Lara Destro, em referência ao lado comercial da feira.

Gostar de ler
Fernando Teixeira, professor de literatura do Objetivo, afirma que divulgar o gosto pela leitura é o mais importante em um evento como a Bienal. Para Teixeira, é por meio da leitura que o estudante vai adquirir capacidade de compreensão e aumentar a possibilidade de argumentação e raciocínio e o repertório de referências culturais e de conhecimentos sobre a língua.
"É preciso estimular toda a forma de participação em eventos como a Bienal, que possam motivar a leitura", afirma.



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