São Paulo, sexta-feira, 25 de abril de 2003 |
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SAÚDE Pacientes na fila por UTI começam a ser transferidos para hospitais particulares Pacientes na fila por vagas em UTIs nos hospitais públicos de Fortaleza começaram ontem a ser transferidos para hospitais particulares por decisão judicial. Até o final da tarde de ontem, quatro pacientes haviam sido transferidos, mas oito ainda permaneciam na espera. Por causa da superlotação, 17 pessoas morreram em dez dias enquanto esperavam o atendimento. O Estado colocou ontem em funcionamento 12 leitos de UTI no hospital Waldemar Alcântara. Tiveram de ser comprados equipamentos, como respiradores, e foi necessário formar equipes para cuidar dos novos leitos. O número, porém, ainda é insuficiente, já que o déficit no Estado é de pelo menos 200 leitos. Duas liminares garantiram o atendimento. A primeira determinou que Estado e prefeituras cobririam as despesas com os pacientes. Como as secretarias estadual e municipal da Saúde disseram não ter dinheiro, uma segunda liminar, de anteontem, determinou que as despesas sejam abatidas dos impostos municipais, estaduais e federais a serem pagos pelos hospitais. Técnicos do Ministério da Saúde devem chegar hoje a Fortaleza para definir se haverá ajuda financeira. O secretário estadual da Saúde, Jurandir Frutuoso, pediu R$ 4,7 milhões para a instalação imediata de 35 leitos. Outro pedido, o reajuste da tabela do SUS, segundo o secretário, foi descartado pelo ministro Humberto Costa. "O ministério informou que não há hipótese de reajustar a tabela porque nenhum outro Estado está reclamando dos valores pagos hoje, o que é estranho, porque estão muito defasados", disse Frutuoso. O SUS paga pela diária de UTI no Ceará R$ 170, enquanto os gastos com os pacientes chegam até a R$ 1.000. (DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA) Texto Anterior: Deficiência: Kit permite motorização de cadeiras de rodas Próximo Texto: Tráfico: Mais um juiz de Goiás é denunciado Índice |
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