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Plano da educação tem meta com prazo para 2022
Objetivo é atingir indicadores educacionais iguais aos de países desenvolvidos
Uma das medidas do programa lançado ontem cria um piso nacional de
R$ 850 para professores
da rede pública até 2010
MARTA SALOMON
FELIPE SELIGMAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação) vai demorar até 2022 para cumprir seu
principal objetivo e o Brasil
atingir posição semelhante à
dos 20 países desenvolvidos
com melhores indicadores
educacionais.
Esse é o prazo para o país alcançar a principal meta do plano: elevar de 4 para 6 a média
do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica),
metodologia recém-criada para
avaliar o desempenho dos alunos dos ensinos fundamental e
médio e que leva em conta o
rendimento, a taxa de repetência e a evasão escolar.
Cada município receberá
uma nota, de 0 a 10, e metas bianuais, até 2021.
O MEC pretende concentrar
esforços nos mil municípios
com os piores indicadores. Eles
receberão assistência técnica e
ajuda financeira estimada em
R$ 1 bilhão em 2007.
Com cerca de 50 medidas
com foco da pré-escola a cursos
de pós-doutorado, o PDE dependerá do aval do Congresso
para levar adiante uma de suas
propostas mais importantes, a
que cria o piso nacional de salário de R$ 850 para professores
da rede pública até 2010.
Também depende do Congresso mudar as regras de quitação dos empréstimos do Fies
(Financiamento Estudantil),
por meio das quais o governo
espera gerar 100 mil novas vagas por ano em universidades
privadas que recebem incentivos fiscais do ProUni (Programa Universidade para Todos).
Um outro projeto de lei prevê
a criação de 2.800 novos cargos
de professores e 5.000 cargos
técnico-administrativos nas
universidades públicas federais, um dos pré-requisitos para a meta de dobrar a oferta de
vagas nessas instituições.
"Esse é um programa de médio e longo prazo, mas esperamos que ocorra um início de
mudança a curto prazo", calculou o ministro Fernando Haddad (Educação), logo após o
lançamento oficial do plano.
Computadores
Pelas metas do PDE, até 2010
-ano da próxima eleição presidencial- todas as escolas públicas receberão computadores
distribuídos pelo MEC.
Antes de pôr computadores
nas escolas, o governo terá de
providenciar luz elétrica para
700 mil alunos da educação básica (1,5% do total), que estudam em 18 mil escolas sem
energia. O PDE prevê o início
da ampliação do Programa Luz
para Todos para 2009.
Já no ano que vem, o MEC
pretende começar a avaliar os
alunos das séries iniciais do ensino fundamental. A Provinha
Brasil, de adesão voluntária por
parte dos municípios, vai aferir
se os alunos da rede pública estão alfabetizados aos oito anos.
A meta é impedir que um aluno
complete a quarta série sem
domínio da leitura e da escrita.
Há medidas sem indicativo
de prazo para entrar em vigor,
como a oferta de atividades extracurriculares, medida que seria implementada por quatro
ministérios diferentes.
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