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No AM, cheia em rio pode deixar cidade submersa
Em Anamã, 5.000 de 8.100 moradores estão desabrigados
KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
Uma cidade com 8.100 habitantes corre o risco de ficar
submersa em razão da cheia do
rio Solimões. Anamã (AM) já
tem mais de 5.000 pessoas desabrigadas. Como a cidade foi
construída na margem de um
lago, não há áreas altas para os
moradores se abrigarem.
O prefeito do município, Raimundo Pinheiro da Silva (PC
do B), pediu ajuda à Petrobras.
Ele quer que dez balsas, que são
usadas em obras do gasoduto
da empresa na região, sejam
transformadas em alojamentos
para abrigar as famílias, que estão em escolas.
As balsas, que têm quartos e
refeitórios, são utilizadas por
trabalhadores da estatal. Algumas, no entanto, não estão lotadas, porque já há alojamentos
nas cidades próximas.
A prefeitura também estuda
com o governo do Amazonas a
mudança das famílias para a cidade de Anori, que fica perto de
Anamã (162 km de Manaus).
"Cerca de 90% da cidade já está
encoberta pelas águas. É preciso mover esse pessoal, provisoriamente, para um local seguro
enquanto as águas não baixarem", diz Pinheiro da Silva.
Com relação às balsas da Petrobras, o prefeito diz que elas
podem amenizar o problema.
"As pessoas de baixa renda são
as que mais sofrem com a cheia.
As balsas poderão ser usadas
para essas pessoas que não tem
para onde ir."
Representantes da Petrobras
não foram localizados para falar sobre o assunto.
O Amazonas enfrenta uma
das maiores cheias desde 1953,
ano da maior da história. O Serviço Geológico do Brasil diz que
os rios vão continuar subindo
até maio e junho, quando termina o inverno amazônico. No
Estado, em situação de emergência, 34 mil famílias foram
atingidas pela cheia.
A Defesa Civil tem dificuldade de retirar as famílias das casas inundadas. Em Manaus, onde deverão ser removidas 350
famílias, 12 pessoas de uma casa no bairro São Raimundo não
querem sair por medo de perder os benefícios do Programa
Prosamim, que indeniza moradores que vivem às margens de
igarapés. A casa pode desabar,
segundo a Defesa Civil.
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