São Paulo, segunda-feira, 25 de abril de 2011

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Era bom porque inglês na escola é fraco, diz aluna

Estudante entrevistada em divulgação de programa lamenta fim de convênio

Especialistas dizem que ampliação de aulas extras em centro de idiomas do próprio governo é positiva

RAPHAEL MARCHIORI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A estudante Isabella Baggio, 19, uma das beneficiadas com uma bolsa do governo paulista em uma unidade da Cultura Inglesa em Sorocaba (interior de SP), diz que gostaria de continuar o curso.
"Infelizmente a bolsa terminou e minha condição financeira não me permitiu continuar", diz Isabella.
Na época do lançamento do convênio, a estudante foi entrevistada pela assessoria de imprensa da Secretaria da Educação justamente para divulgar o novo programa.
"Foi bom para a turma. Tinham pessoas interessadas porque o inglês na escola estadual é fraco."
Para especialistas, a decisão da gestão Alckmin (PSDB) de suspender os convênios e ampliar o número de aulas extras em seu próprio centro de idiomas é positiva.
"O ideal é que os recursos destinados a parcerias como essas fossem investidos na própria escola, ampliando, por exemplo, a capacidade desses centros", diz Marília Mendes Ferreira, professora de ensino e aprendizagem da língua inglesa da USP.
"Se o curso fosse complementar ao conteúdo pedagógico do Estado, talvez as bolsas funcionassem. Mas essa carga horária [80 horas] já limita o ensino", diz Marília.
Claudia Hilsdorf Rocha, coordenadora do Centro de Estudos de Língua da Unicamp (Universidade de Campinas), tem opinião parecida.
"Essas escolas de inglês provavelmente não se adaptaram à metodologia e ao conteúdo das escolas estaduais para atender aos novos alunos", diz a coordenadora.


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