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São Paulo, domingo, 25 de maio de 2003

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OUTRO LADO

Cadastro é tido como a origem dos problemas

DA AGÊNCIA FOLHA

Burocracia, limitações técnicas e até dificuldade de acesso ajudam a explicar o elevado número de bolsas ociosas.
Em Amapá (a 305 km de Macapá), que tem mais de 96% de ociosidade, o prefeito Rildo Alaor Teixeira (PDT) alega que a causa foram falhas no cadastro. "Já estamos providenciando um novo cadastramento." Teixeira diz que um barco com dados de comunidades ribeirinhas da cidade afundou em dezembro de 2002. "Perdemos todas as informações."
A Secretaria Municipal da Educação de Recife informou que as dificuldades devem-se à adoção de um cadastro único para os programas sociais, determinada pelo governo federal. A mudança exigiu uma nova coleta e a redigitação de dados, de acordo com o coordenador do Bolsa-Escola da secretaria, Manoel Moraes.
A alteração no cadastro também aparece entre os problemas que a Prefeitura de Manaus encontrou, afirma a coordenadora do Bolsa-Escola da secretaria, Maria das Graças Cardoso da Silva.
De acordo com o gerente do Bolsa-Escola em Belo Horizonte, Carlos Rodrigues, a Secretaria Municipal da Educação só repassa para a Caixa Econômica Federal as informações sobre as famílias cadastradas.
Em Natal, as secretarias municipais da Educação e do Trabalho e Assistência Social, responsáveis pelo cadastramento, culparam a falta de estrutura física e de pessoal.
Segundo o responsável pela listagem das famílias carentes, Cláuber Giovanne Souza, da Assistência Social, os cadastros serão enviados à Caixa na próxima terça-feira.
Falta de recursos humanos também foi a justificativa da Secretaria Municipal da Educação de Aracaju. "Houve falta de pessoal para o cadastramento", declara Rosângela Cruz, diretora de ensino da secretaria.
Segundo a coordenadora do Bolsa-Escola da Secretaria Municipal da Educação de Porto Velho, Gláucia Félix, o número de bolsas ociosas no cadastro se deve a um problema com os dados que foram enviados à Caixa no começo do ano.
Os formulários precisaram ser devolvidos para complementação. A tarefa ainda não foi finalizada porque alguns dados são de "beneficiários que moram à beira de rios".
As secretarias municipais da Educação de Porto Alegre e de Goiânia alegaram problemas técnicos durante o envio das informações à Caixa, deixando ociosas, respectivamente, 17,77% e 14,43% das vagas.
Os responsáveis pelo programa Bolsa-Escola nas cidades de Fortaleza e Maceió não foram localizados para falar sobre a sobra de vagas. (ADRIANA CHAVES, LÉO GERCHMANN, MAURO ALBANO, RÔMULO NEVES, SÍLVIA FREIRE, THIAGO GUIMARÃES)

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