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Empresário ganha BMW, mas não leva
Sorteio foi feito pela Orquestra Sinfônica de Ribeirão, que diz que o ganhador doou o bilhete para a entidade
Vencedor da promoção fala que não autorizou nenhuma doação e que vai entrar na Justiça para ficar com o veículo
DE RIBEIRÃO PRETO
O empresário Euclides Antônio Pezzi, dono de rede de
supermercados em Limeira e
região, registrou boletim de
ocorrência por estelionato
contra a Orquestra Sinfônica
de Ribeirão afirmando que
ganhou um veículo importado BMW num sorteio, mas
não levou o carro para casa.
A instituição diz que o empresário doou o bilhete à orquestra antes do sorteio e
que, depois, se arrependeu.
A confusão ocorreu no último sábado, durante um
jantar em comemoração dos
72 anos da orquestra, onde
foram sorteados dois veículos de luxo importados.
Pezzi disse que comprou
antecipadamente um bilhete
para participar do sorteio dos
carros e pagou R$ 1.000.
Durante o jantar, a organização teria feito uma promoção e o comerciante, então,
comprou mais dois bilhetes
pelo valor de R$ 500 cada.
"O que eu tinha entendido
é que eles fizeram essa promoção porque não venderam
o número esperado de bilhetes", disse Pezzi.
No primeiro sorteio, a vencedora foi uma funcionária
da Receita Federal que ganhou um Volvo. Em seguida,
foi sorteado um dos bilhetes
que Pezzi havia comprado no
jantar para receber o BMW
modelo 118i .
"Quando fui receber o prêmio uma senhora da orquestra veio até mim agradecendo por eu ter doado o veículo
para a instituição, e eu não
entendi nada. Em nenhum
momento, fui informado ou
autorizei qualquer doação."
De acordo com a gerente
administrativa da orquestra,
Ana Cláudia Basso Mistretta,
todos os participantes do jantar foram avisados que os bilhetes vendidos durante o
evento seriam doados para
instituições de caridade ou
para a própria orquestra.
Segundo ela, dos mil bilhetes impressos, 212 foram
vendidos antecipadamente.
Depois do anúncio da promoção, outras 11 pessoas
compraram o par de bilhetes
por R$ 1.000, totalizando arrecadação de R$ 223 mil -os
carros foram comprados por
R$ 164 mil, valor de custo.
Pezzi afirmou que vai entrar com um mandado de segurança para bloquear o veículo e que vai processar a orquestra por danos morais.
Já Mistretta disse que a instituição não abre mão do carro e que ele está guardado em
uma garagem de confiança.
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