São Paulo, terça-feira, 25 de maio de 2010

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Empresário ganha BMW, mas não leva

Sorteio foi feito pela Orquestra Sinfônica de Ribeirão, que diz que o ganhador doou o bilhete para a entidade

Vencedor da promoção fala que não autorizou nenhuma doação e que vai entrar na Justiça para ficar com o veículo

DE RIBEIRÃO PRETO

O empresário Euclides Antônio Pezzi, dono de rede de supermercados em Limeira e região, registrou boletim de ocorrência por estelionato contra a Orquestra Sinfônica de Ribeirão afirmando que ganhou um veículo importado BMW num sorteio, mas não levou o carro para casa.
A instituição diz que o empresário doou o bilhete à orquestra antes do sorteio e que, depois, se arrependeu.
A confusão ocorreu no último sábado, durante um jantar em comemoração dos 72 anos da orquestra, onde foram sorteados dois veículos de luxo importados.
Pezzi disse que comprou antecipadamente um bilhete para participar do sorteio dos carros e pagou R$ 1.000.
Durante o jantar, a organização teria feito uma promoção e o comerciante, então, comprou mais dois bilhetes pelo valor de R$ 500 cada.
"O que eu tinha entendido é que eles fizeram essa promoção porque não venderam o número esperado de bilhetes", disse Pezzi.
No primeiro sorteio, a vencedora foi uma funcionária da Receita Federal que ganhou um Volvo. Em seguida, foi sorteado um dos bilhetes que Pezzi havia comprado no jantar para receber o BMW modelo 118i .
"Quando fui receber o prêmio uma senhora da orquestra veio até mim agradecendo por eu ter doado o veículo para a instituição, e eu não entendi nada. Em nenhum momento, fui informado ou autorizei qualquer doação."
De acordo com a gerente administrativa da orquestra, Ana Cláudia Basso Mistretta, todos os participantes do jantar foram avisados que os bilhetes vendidos durante o evento seriam doados para instituições de caridade ou para a própria orquestra.
Segundo ela, dos mil bilhetes impressos, 212 foram vendidos antecipadamente. Depois do anúncio da promoção, outras 11 pessoas compraram o par de bilhetes por R$ 1.000, totalizando arrecadação de R$ 223 mil -os carros foram comprados por R$ 164 mil, valor de custo.
Pezzi afirmou que vai entrar com um mandado de segurança para bloquear o veículo e que vai processar a orquestra por danos morais.
Já Mistretta disse que a instituição não abre mão do carro e que ele está guardado em uma garagem de confiança.


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