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LIZETE APARECIDA MARÓSTEGA (1943-2010)
Ela se casou com a educação
ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO
Foi com Lizete Aparecida
Maróstega que alguns executivos alemães aprenderam a
falar português. Houve um
período em que ela deu aulas
em São Paulo para funcionários da Mercedes-Benz.
Professora de francês e
português formada pela
USP, na época em que a faculdade de letras ficava na
rua Maria Antônia, centro da
capital, ela começou a lecionar em escolas particulares.
Até que prestou concurso
e seguiu carreira no Estado:
foi diretora e chegou a supervisora de ensino, cargo no
qual se aposentou no início
da década de 90. Seguiria assessorando algumas escolas.
Sua grande satisfação era
ver ex-alunos formados. Alguns, como um casal de alemães da época da Mercedes,
criaram fortes laços de amizade com ela. Lizete chegou a
viajar recentemente para a
Europa a convite dos amigos.
Era apaixonada por Paris,
onde passou um tempo estudando graças a uma bolsa
que ganhou após se formar.
Nessa última visita aos
amigos estrangeiros, voltou
às pressas, porque a mãe,
com quem morava, adoecera. Mas ela pensava em concluir a viagem posteriormente, passando por Paris -o
que acabou não fazendo.
Solteira, não teve filhos. A
família brincava que, no fundo, Lizete casara-se com a
educação. Estava feliz por
ver seus dois sobrinhos formados (um em engenharia,
outro em direito) e ainda dava aulas de reforço para os
dois netos de uma amiga.
Na quarta, devido a um
câncer de mama, morreu,
aos 66 anos. A missa de sétimo dia será hoje, às 19h30,
na capela do Instituto São Judas Tadeu, em São Paulo.
coluna.obituario@uol.com.br
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