São Paulo, terça-feira, 25 de maio de 2010

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LIZETE APARECIDA MARÓSTEGA (1943-2010)

Ela se casou com a educação

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Foi com Lizete Aparecida Maróstega que alguns executivos alemães aprenderam a falar português. Houve um período em que ela deu aulas em São Paulo para funcionários da Mercedes-Benz.
Professora de francês e português formada pela USP, na época em que a faculdade de letras ficava na rua Maria Antônia, centro da capital, ela começou a lecionar em escolas particulares.
Até que prestou concurso e seguiu carreira no Estado: foi diretora e chegou a supervisora de ensino, cargo no qual se aposentou no início da década de 90. Seguiria assessorando algumas escolas.
Sua grande satisfação era ver ex-alunos formados. Alguns, como um casal de alemães da época da Mercedes, criaram fortes laços de amizade com ela. Lizete chegou a viajar recentemente para a Europa a convite dos amigos.
Era apaixonada por Paris, onde passou um tempo estudando graças a uma bolsa que ganhou após se formar.
Nessa última visita aos amigos estrangeiros, voltou às pressas, porque a mãe, com quem morava, adoecera. Mas ela pensava em concluir a viagem posteriormente, passando por Paris -o que acabou não fazendo.
Solteira, não teve filhos. A família brincava que, no fundo, Lizete casara-se com a educação. Estava feliz por ver seus dois sobrinhos formados (um em engenharia, outro em direito) e ainda dava aulas de reforço para os dois netos de uma amiga.
Na quarta, devido a um câncer de mama, morreu, aos 66 anos. A missa de sétimo dia será hoje, às 19h30, na capela do Instituto São Judas Tadeu, em São Paulo.
coluna.obituario@uol.com.br


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