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Professora precisou de 11 consertos em 6 meses
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A professora Ana Paula Lorenzo Babesco, 35, que é portadora
de deficiência física, comprou um
carro Atos Prime GLS automático, da Hyundai, em novembro do
ano passado. Entre os motivos
que a levaram a escolher esse modelo estavam a garantia mecânica
de quatro anos e a de 11 anos contra ferrugem.
Desde 5 de dezembro do ano
passado, quando recebeu o automóvel, até o último dia 13 de junho, Ana Paula levou o carro para
consertar 11 vezes por problemas
na suspensão, freio, portas do lado direito que destravavam sozinhas, bancos dianteiros enferrujados e motor fora do ponto.
"Eu comprei um carro novo para não ter transtornos, não para
levá-lo à oficina duas vezes por
mês", desabafa.
A professora diz que perdeu a
confiança no carro e na marca e
que não queria mais ficar com ele.
Por isso, diz ter negociado com a
Caoa, representante da Hyundai
no Brasil, a possibilidade de trocar de carro, mas a substituição
acabou não se concretizando porque as opções oferecidas não se
encaixaram no que ela desejava.
"Eles então me impuseram o
distrato. Eu devolveria o carro e
os documentos e eles me restituiriam o dinheiro. Entreguei o carro
no dia 13 de junho, mas eles me
devolveram menos do que eu paguei e, em vez de depositarem o
dinheiro no dia 18, como combinado, só o fizeram no dia 19, fazendo com que o cheque que dei
na compra de outro automóvel
fosse devolvido por insuficiência
de fundos", afirma a professora.
A Caoa efetuou um depósito de
R$ 11.570,81 em 19 de junho e outro de R$ 183,89 no dia seguinte,
totalizando R$ 11.754,70.
O carro custou R$ 19,5 mil, devido à isenção de impostos a que
Ana Paula tem direito por ser portadora de deficiência física. De entrada, a professora deu um Palio
97, que entrou na transação pelo
valor de R$ 12,5 mil. Os R$ 7 mil
restantes foram financiados em
36 parcelas de R$ 309,25.
Até junho, ela pagou seis parcelas (R$ 1.855,50) que, somadas à
entrada de R$ 12,5 mil, totalizam
R$ 14.355,50 -ou seja, R$
2.600,80 a mais do que a quantia
que foi devolvida pela representante da Hyundai no Brasil.
Ana Paula afirma que, por causa
de sua deficiência física, depende
do carro para trabalhar e realizar
suas atividades rotineiras. A professora discorda do valor devolvido e entende que a empresa deveria ressarci-la também pelos
transtornos que lhe causou.
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