São Paulo, sábado, 25 de junho de 2011

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LUCI VALENTE MARINS (1948-2011)

A militância de Luci por moradia

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Quando se casou em 1968 com o bancário José da Silva Marins, Luci Valente Marins foi morar com o marido na casa da mãe. Só depois de três anos, o casal comprou uma casa em São Mateus, na zona leste de São Paulo.
Filha de um marceneiro e de uma proprietária de uma quitanda, começou a trabalhar bem cedo, aos 11 anos, numa tecelagem. Após o casamento, saiu da empresa.
A filha Cristina lembra que a mãe estava sempre arrumando alguma ocupação. Em casa, bordou para fora por um tempo. Também foi secretária da paróquia.
Ao longo de 11 anos, participou de um curso de verão sobre a Teologia da Libertação na PUC. Adorava os encontros, onde fazia contatos.
Por achar que todos tinham direito a uma habitação digna, começou a se envolver com movimentos populares nos anos 80. Presidiu o Fórum de Mutirões e foi conselheira de Habitação durante a prefeitura da petista Marta Suplicy (2001-2004).
Num dos projetos em que se envolveu, conseguiu que 106 sobrados no Conjunto Boa Esperança, em São Paulo, fossem construídos por grupos de autogestão.
Atualmente, tocava um projeto em convênio com a Cohab para a construção de 160 apartamentos. A previsão, segundo a família, é que a obra termine em um ano.
Apaixonada pelos netos e bisnetos, ficou emocionada há pouco tempo por andar de teleférico com os bisnetos. Tinha diabetes, problemas de visão e de locomoção.
Separada desde 1993, morreu no domingo, aos 63, de infarto. Teve dois filhos, cinco netos e dois bisnetos.

coluna.obituario@uol.com.br


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