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Começa julgamento de PMs de Vigário Geral
DA SUCURSAL DO RIO
Quatro acusados da chacina de
Vigário Geral -em que 21 moradores da favela na zona norte do
Rio foram assassinados, na madrugada de 30 de agosto de
1993- começaram a ser julgados
na tarde de ontem, no 2º Tribunal
de Júri do Rio, por 21 homicídios
duplamente qualificados e quatro
tentativas de homicídio duplamente qualificados.
Os ex-PMs Hélio Vilário Guedes, Paulo Roberto Borges da Silva, William Moreno da Conceição
e o policial militar Hélio Gomes
Lopes alegaram inocência. Se
condenados, a pena para os quatro poderá chegar a 365 anos de
reclusão. Todos estão respondendo ao processo em liberdade.
Dos 33 acusados pela chacina,
quatro já foram condenados, 15
absolvidos, dois morreram e oito
aguardam julgamento. O acusado
Jorge Evandro Santos de Souza,
que estava foragido, foi preso há
três dias e prestou depoimento
ontem pela manhã.
Primeiro ex-PM a prestar depoimento, Hélio Vilário Guedes,
44, afirmou que, na noite da chacina, estava a serviço no PPC
(Posto Policial de Controle) de
Maricá, a 50 Km do Rio, onde teria ficado da manhã do dia 29 às
8h da manhã seguinte.
Quando questionado pelo juiz
José Geraldo Antônio por que ele
estaria sendo acusado, o réu afirmou ser vítima de vingança.
O segundo PM ouvido, Paulo
Roberto Borges da Silva, 38, disse
que também estava em serviço na
noite da chacina, no 12º Batalhão
da Polícia Militar, em Niterói.
O ex-PM William Moreno da
Conceição e o PM Hélio Gomes
Lopes disseram que estavam em
casa, de folga, no momento da
chacina.
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