São Paulo, sexta-feira, 25 de agosto de 2000


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Começa julgamento de PMs de Vigário Geral

DA SUCURSAL DO RIO

Quatro acusados da chacina de Vigário Geral -em que 21 moradores da favela na zona norte do Rio foram assassinados, na madrugada de 30 de agosto de 1993- começaram a ser julgados na tarde de ontem, no 2º Tribunal de Júri do Rio, por 21 homicídios duplamente qualificados e quatro tentativas de homicídio duplamente qualificados.
Os ex-PMs Hélio Vilário Guedes, Paulo Roberto Borges da Silva, William Moreno da Conceição e o policial militar Hélio Gomes Lopes alegaram inocência. Se condenados, a pena para os quatro poderá chegar a 365 anos de reclusão. Todos estão respondendo ao processo em liberdade.
Dos 33 acusados pela chacina, quatro já foram condenados, 15 absolvidos, dois morreram e oito aguardam julgamento. O acusado Jorge Evandro Santos de Souza, que estava foragido, foi preso há três dias e prestou depoimento ontem pela manhã.
Primeiro ex-PM a prestar depoimento, Hélio Vilário Guedes, 44, afirmou que, na noite da chacina, estava a serviço no PPC (Posto Policial de Controle) de Maricá, a 50 Km do Rio, onde teria ficado da manhã do dia 29 às 8h da manhã seguinte.
Quando questionado pelo juiz José Geraldo Antônio por que ele estaria sendo acusado, o réu afirmou ser vítima de vingança.
O segundo PM ouvido, Paulo Roberto Borges da Silva, 38, disse que também estava em serviço na noite da chacina, no 12º Batalhão da Polícia Militar, em Niterói.
O ex-PM William Moreno da Conceição e o PM Hélio Gomes Lopes disseram que estavam em casa, de folga, no momento da chacina.


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