São Paulo, sexta-feira, 25 de agosto de 2006

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Tati Quebra-Barraco é detida com maconha

Funkeira -que estava na favela Cidade de Deus, no Rio de Janeiro- foi indiciada e em seguida liberada

MARIO HUGO MONKEN
DA SUCURSAL DO RIO

A cantora de funk Tatiana dos Santos Lourenço, de 26 anos, a Tati Quebra-Barraco, foi detida na tarde de ontem, na favela Cidade de Deus, na zona oeste do Rio de Janeiro, sob acusação de estar fumando um cigarro de maconha com um casal de amigos.
Tati, no entanto, não ficou presa. De acordo com a Polícia Civil, ela foi indiciada por utilização de entorpecentes e ficará à disposição do Juizado Especial Criminal, que irá decidir qual será a pena dela.
De acordo com a assessoria de imprensa da cantora, por volta das 16h30 de ontem, Tati fumava um cigarro de maconha na favela onde mora na companhia de dois amigos quando foi abordada por policiais militares do 18º Batalhão (Jacarepaguá, zona oeste).
A assessoria de Tati afirmou ainda que foi ela própria quem pediu para ser levada para a delegacia porque suspeitou que os policiais poderiam tentar extorquir dinheiro dela.
A Polícia Militar tem uma versão diferente. A corporação disse que a funkeira tentou arremessar o cigarro com a droga fora quando percebeu a aproximação dos policiais.
Tati Quebra-Barraco foi levada para a 32ª Delegacia de Polícia, onde prestou depoimento e foi liberada. A artista não tem antecedentes criminais.

Carreira e apelido
A cantora possui esse apelido em decorrência de seu primeiro sucesso musical, chamado "Barraco 1". Ela canta funk desde os 12 anos de idade.
No começo deste ano, teve um irmão assassinado.
O seu último CD, chamado "Boladona", fez parte da trilha sonora da novela "América", da Rede Globo, e teve um grande sucesso em São Paulo, o que fez a funkeira ganhar o status de diva electro. Ela faz aproximadamente 30 shows por mês.
No final do mês passado, Tati Quebra-Barraco passou por duas cirurgias estéticas -uma lipoaspiração e uma plástica no nariz. Seu próximo CD terá o título "Pensa que É Chique", uma música que será uma crítica às patricinhas.
Várias músicas de Tati possuem expressões chulas, mas ela disse não ver problema nisso. "A boca é minha e eu canto o que quiser. Eu canto meu funk. Todo mundo fala que é polêmico. Mas eu tenho meu público. Não só no Brasil, mas no mundo todo", declarou ela em uma entrevista no início do ano.


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