São Paulo, sexta-feira, 25 de agosto de 2006

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Clima desértico exige umidade baixa e muito sol

DA AGÊNCIA FOLHA

A média de umidade relativa do ar nos desertos é de 5%, índice atingido por Ribeirão Preto (SP) nesta semana, com 4,8%. Mas, apesar da situação nessa cidade e em outras regiões, o Brasil não teve um "clima de deserto".
"Para ambiente desértico precisamos de temperaturas de 50C e 60C e baixa umidade por longos períodos. Além disso, não poderia chover durante um ano, como no deserto do Atacama, no Chile", diz Antônio Marengo, pesquisador do Cptec (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos) do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Segundo o meteorologista do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) Expedito Rebello, a umidade sobe muito à noite nos desertos, com a queda de temperatura, mas essa mudança brusca não ocorre no Brasil.
A umidade do ar já foi medida pelo cabelo. Os fios encurtavam quando o nível estava baixo. Segundo o Inmet, nunca se registrou 0%. "Quando a umidade fica em torno de 0% ocorre estresse térmico. A vegetação fica comprometida se o nível persistir por vários dias", diz Marengo.
A umidade atinge os 100% quando está chovendo ou no momento de precipitação de chuva. "Na floresta amazônica e em cidades como Lima, no Peru, a umidade chega a 98% mesmo quando não está chovendo."


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