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Clima desértico exige umidade baixa e muito sol
DA AGÊNCIA FOLHA
A média de umidade relativa do ar nos desertos é de 5%,
índice atingido por Ribeirão
Preto (SP) nesta semana,
com 4,8%. Mas, apesar da situação nessa cidade e em outras regiões, o Brasil não teve
um "clima de deserto".
"Para ambiente desértico
precisamos de temperaturas
de 50C e 60C e baixa umidade por longos períodos.
Além disso, não poderia chover durante um ano, como no
deserto do Atacama, no Chile", diz Antônio Marengo,
pesquisador do Cptec (Centro de Previsão de Tempo e
Estudos Climáticos) do Inpe
(Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Segundo o meteorologista
do Inmet (Instituto Nacional
de Meteorologia) Expedito
Rebello, a umidade sobe
muito à noite nos desertos,
com a queda de temperatura,
mas essa mudança brusca
não ocorre no Brasil.
A umidade do ar já foi medida pelo cabelo. Os fios encurtavam quando o nível estava baixo. Segundo o Inmet,
nunca se registrou 0%.
"Quando a umidade fica em
torno de 0% ocorre estresse
térmico. A vegetação fica
comprometida se o nível
persistir por vários dias", diz
Marengo.
A umidade atinge os 100%
quando está chovendo ou no
momento de precipitação de
chuva. "Na floresta amazônica e em cidades como Lima,
no Peru, a umidade chega a
98% mesmo quando não está
chovendo."
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