São Paulo, quarta-feira, 25 de setembro de 2002

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OUTRO LADO

Cônsul-adjunto nega ocorrência de irregularidades

DA REPORTAGEM LOCAL

Leia a seguir nota oficial sobre o caso, divulgada ontem pelo Consulado Geral da Itália em São Paulo e assinada pelo cônsul-adjunto, Luigi Estero.

"O presidente do Comites (Comitê dos Italianos no Exterior de São Paulo), Cláudio Pieroni, nos informou que a comissão de investigação citada possui apenas documentação de procedimentos administrativos ordinários referentes ao reconhecimento da cidadania italiana.
Devido ao grande volume de processos de reconhecimento da cidadania italiana que este Consulado Geral examina pode acontecer que, em alguns casos, ocorram queixas que, no limite possível, esta representação consular sempre procurou acolher da melhor forma.
A documentação que se encontra atualmente em poder da referida comissão refere-se exatamente a esse tipo de inconveniente. Por este motivo, o presidente Pieroni nos informou que tal documentação será enviada da Comissão de Investigação para a Comissão de Relações com o Consulado, que sempre encarregou-se desse tipo de problema. Até a presente data não temos conhecimento de ulteriores documentações em poder da Comissão de Investigação.
Com relação à emissão de vistos para cidadãos peruanos, desejo esclarecer que, graças a periódicas inspeções internas no setor de vistos, foi possível identificar casos de concessão de vistos mediante a apresentação de documentação de identidade falsificada. Foi uma preocupação do cônsul-geral da Itália, Gianluca Cortese, denunciar o ocorrido às autoridades brasileiras e italianas que, por sua vez, instauraram um inquérito para as necessárias averiguações.
Com relação à senhora Giuliana Caterini, pessoa conhecida deste Consultado Geral por acompanhar, pelo que me consta, com muita frequência processos relativos à cidadania italiana em particular de jogadores de futebol, muitas vezes a mesma solicitou a este Consulado Geral e a nossa embaixada em Brasília informações sobre o andamento destes processos.
As autoridades diplomáticas italianas no Brasil sempre responderam, nos limites de quanto é permitido pela legislação italiana, a estas requisições, assegurando, porém, o respeito das normas administrativas que regulam, de modo rígido, esse tipo de processo, que se estimam em milhares de casos.
Com relação aos casos citados pela senhora Caterini, posso assegurar que jamais foi cometido algum tipo de irregularidade, não sendo verdadeira a afirmativa da mesma.
Enfim, com relação ao chanceler Pierpaolo Savio, desejo evidenciar que se trata de uma das pessoas envolvidas na investigação acima mencionada relativa à concessão de vistos a cidadãos peruanos. Como foi noticiado pela imprensa italiana, o referido chanceler sofreu uma detenção cautelar de alguns dias por determinação da magistratura italiana."


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