São Paulo, quarta-feira, 25 de setembro de 2002

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SAÚDE

Entre a obtenção do terreno e o lançamento da pedra fundamental do Instituto de Pediatria passaram-se 15 anos

Unifesp inicia obras de centro pediátrico

DA REPORTAGEM LOCAL

Quinze anos depois de conseguir um terreno para a construção de um Instituto de Pediatria em seu complexo hospitalar, a Universidade Federal de São Paulo lança hoje a pedra fundamental do empreendimento de 13 andares e 21.000 m2 de área construída.
"Tentávamos achar um mecenas, mas as tentativas foram todas frustradas nesse período", diz Ulysses Fagundes Neto, vice-reitor da universidade e chefe do departamento de pediatria.
A área do terreno na Vila Mariana, zona sul de São Paulo, de cerca de 2.700 m2, foi cedida em regime de comodato pela prefeitura, e era usada como estacionamento gratuito para funcionários do complexo hospitalar da universidade.
O projeto começa a se concretizar porque a Fundação Orsa, do Grupo Orsa (fabricante de embalagens e papel), assumiu parte da conta e do "risco" do empreendimento. Deve bancar cerca de 10% do investimento, R$ 44,6 milhões, e liderar a captação do restante.
Quando estiver pronto, dentro de cerca de três anos, o instituto ofertará 80 leitos em uma de suas duas torres, 40% deles a convênios e 60% para o sistema público de saúde. A previsão é de que não exista separação de alas para o atendimento particular.
Hoje a pediatria tem apenas 60 dos 700 leitos do complexo hospitalar da universidade. Ocorrem 200 internações para pacientes do sistema público na pediatria por mês e 9.780 consultas. "O hospital foi construído para o adulto", diz Fagundes Neto. A previsão é aumentar esses números para 400 internações e 19,5 mil consultas pediátricas por mês.
A estrutura atual da pediatria trabalha com taxa alta de ocupação e é pressionada pela demanda reprimida, principalmente de cirurgias complexas, como as cardiológicas. A unidade de cuidados intensivos para crianças, por exemplo, tem apenas dez leitos. "Mas está ocupada por pacientes crônicos, pois não temos para onde enviá-los", diz o vice-reitor.
As diversas subespecialidades do setor pediátrico, hoje espalhadas em mais de 20 pequenas casas, serão abrigadas na outra torre da nova construção. De acordo com o vice-reitor, os andares serão adaptados e decorados para não parecerem com um hospital.
Segundo Sérgio Amoroso, presidente do Grupo Orsa, o convênio da fundação com a universidade prevê que a entidade controle a construção e o começo das atividades. O Instituto de Pediatria também deve ter um conselho gestor com representação da Unifesp e da fundação.


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