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Encomenda foi feita pela polícia
DA REPORTAGEM LOCAL
Os 200 quilos de cocaína
apreendidos ontem pelo Denarc
foram encomendados aos traficantes colombianos pela própria
polícia, em uma investigação que
contou com cinco meses de escutas telefônicas, 30 policiais em dedicação exclusiva e até auxílio de
tradutores para entender os diálogos captados nos grampos.
Policiais civis conseguiram que
intermediários encomendassem a
droga e armaram uma cilada. O
acordo forjado envolvia o total de
800 quilos de cocaína, em várias
entregas.
Monitorando pelas escutas, os
policiais esperavam ter feito a
apreensão e as prisões muitos antes, mas foram surpreendidos por
alguns contratempos, segundo o
diretor do Denarc, Ivaney Cayres
de Souza.
Há dois meses, estava tudo certo
para a primeira parte da entrega
ser feita. Mas o avião que trazia a
cocaína sofreu um acidente ao decolar em uma pista improvisada
em uma das selvas da Colômbia.
O plano teve de ser adiado.
Quarenta dias atrás, houve nova
oportunidade para fazer a
apreensão. Estava tudo certo para
a entrega da droga, mas o piloto
contratado para o serviço foi
morto, dois dias antes da viagem,
em uma briga em uma casa de
prostituição na Colômbia.
A polícia paulista acreditava
que a terceira chance de prender
os traficantes ocorreria na sexta-feira, mas foi surpreendida com a
informação de que a droga chegaria ontem.
Armada a cilada, nova tensão.
Policiais militares estranharam a
movimentação no aeroclube e
cercaram os policiais do Denarc.
A situação foi resolvida minutos
antes da chegada do avião. "Foi
um sufoco, tudo parecia dar errado", disse Souza, aliviado.
O avião onde estava a droga é
brasileiro e foi alugado pelos traficantes por US$ 50 mil.
(GP)
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