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São Paulo, quinta-feira, 25 de setembro de 2003

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Encomenda foi feita pela polícia

DA REPORTAGEM LOCAL

Os 200 quilos de cocaína apreendidos ontem pelo Denarc foram encomendados aos traficantes colombianos pela própria polícia, em uma investigação que contou com cinco meses de escutas telefônicas, 30 policiais em dedicação exclusiva e até auxílio de tradutores para entender os diálogos captados nos grampos.
Policiais civis conseguiram que intermediários encomendassem a droga e armaram uma cilada. O acordo forjado envolvia o total de 800 quilos de cocaína, em várias entregas.
Monitorando pelas escutas, os policiais esperavam ter feito a apreensão e as prisões muitos antes, mas foram surpreendidos por alguns contratempos, segundo o diretor do Denarc, Ivaney Cayres de Souza.
Há dois meses, estava tudo certo para a primeira parte da entrega ser feita. Mas o avião que trazia a cocaína sofreu um acidente ao decolar em uma pista improvisada em uma das selvas da Colômbia. O plano teve de ser adiado.
Quarenta dias atrás, houve nova oportunidade para fazer a apreensão. Estava tudo certo para a entrega da droga, mas o piloto contratado para o serviço foi morto, dois dias antes da viagem, em uma briga em uma casa de prostituição na Colômbia.
A polícia paulista acreditava que a terceira chance de prender os traficantes ocorreria na sexta-feira, mas foi surpreendida com a informação de que a droga chegaria ontem.
Armada a cilada, nova tensão. Policiais militares estranharam a movimentação no aeroclube e cercaram os policiais do Denarc. A situação foi resolvida minutos antes da chegada do avião. "Foi um sufoco, tudo parecia dar errado", disse Souza, aliviado.
O avião onde estava a droga é brasileiro e foi alugado pelos traficantes por US$ 50 mil. (GP)


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