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Professores municipais começam greve hoje
Docentes da rede municipal fazem manifestação às 14h diante da prefeitura; paralisação foi aprovada no último dia 14
A pauta de reivindicações da
categoria inclui reajuste de
43% e melhores condições de
trabalho; gestão do prefeito
Kassab não se pronunciou
DA REPORTAGEM LOCAL
Professores e funcionários
da rede municipal de São Paulo
ameaçam começar hoje greve
da categoria. A pauta de reivindicações tem 33 pontos, entre
os quais reajuste salarial e melhores condições de trabalho.
Como parte do movimento,
haverá uma manifestação às
14h em frente à prefeitura, no
centro da cidade. No ato, será
feita uma assembléia para definir a duração da greve.
A Secretaria de Gestão do
prefeito Gilberto Kassab
(DEM) afirmou apenas que
analisa as questões salariais e
que não se pronunciaria sobre a
greve. A Secretaria de Educação também não se manifestou.
A paralisação foi aprovada no
último dia 14. Antes da assembléia, a pauta possuía 18 pontos.
O ato foi organizado pelo Sinpeem (Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino
Municipal de São Paulo), que é
presidido pelo ex-vereador pelo PC do B Claudio Fonseca.
A greve foi aprovada após um
encontro entre Fonseca e o governo -o sindicalista afirmou
que não houve sinalização de
aumento salarial.
Naquele dia, houve paralisação na rede: 15% das escolas foram afetadas, segundo a Secretaria de Educação, ou 40%, segundo os manifestantes.
Entre as reivindicações estão
reajuste salarial de 43% e incorporação das gratificações (o
que beneficia os aposentados).
O piso salarial dos professores é
de R$ 950 (20 horas semanais).
Outras reivindicações estão
ligadas ao plano de reestruturação da carreira dos servidores
do ensino, que a gestão Kassab
prepara para enviar à Câmara.
O projeto prevê que as áreas
de merenda, limpeza e segurança sejam totalmente terceirizadas e que os professores
passem por um exame de certificação anual para acelerar a
evolução na carreira (o que aumenta os salários).
Segundo Fonseca, haverá
perda de qualidade na prestação de serviço com a total terceirização das três áreas. Sobre
o exame, o sindicalista se diz
contrário, pois poderá prejudicar docentes que não tiverem
bom desempenho.
Quando conheceu a proposta, Fonseca se mostrou favorável, pois disse que foi informado pela secretaria que o exame
seria opcional. Por meio de reportagem da Folha, porém,
Fonseca soube que seria opcional apenas por cinco anos. Com
isso, mudou de opinião.
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