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Dupla pretendia matar comparsa
DA REPORTAGEM LOCAL
Os dois jovens que atacaram os
seguranças do filho do governador Geraldo Alckmin, na terça-feira passada, pretendiam matar
um terceiro integrante da quadrilha por medo de que ele os delatasse. Depois disso, fugiriam da
cidade de São Paulo para só voltar
no final do ano.
Esses planos estariam nas gravações de escutas telefônicas feitas pelo Denarc, que prendeu o
grupo ontem à tarde. No total, policiais conseguiram monitorar ligações de quatro telefones.
As escutas telefônicas foram, segundo a polícia, fundamentais
para a identificação e localização
da quadrilha e serão usadas como
prova no processo.
Um desses telefones grampeados era de Ricardo de Souza Ibiapina, 26. Foi na conversa com Antonio Marcos Alencar, 23, que teriam sido feitos os planos de vingança e de fuga.
O alvo dos dois seria Emerson
Gomes da Silva, 30, que teria dirigido o Celta prata usado no ataque aos dois policiais militares.
Ibiapina e Alencar falaram, nas ligações, que estavam desconfiados
de que Silva poderia delatá-los.
Segundo as escutas, Alencar
pretendia fugir para o Paraná e
Ibiapina iria para Fernandópolis,
interior de São Paulo.
Segundo o diretor do Denarc,
Ivaney Cayres de Souza, os dois
tentavam arrecadar dinheiro para
fugir. "Nas escutas, eles mesmos
definiram o que cada um fez na
operação", afirmou o delegado.
Nas gravações telefônicas, segundo a polícia, Alencar e Ibiapina conversam sobre o caso e se
mostram satisfeitos porque a ação
foi considerada um suposto ataque do PCC.
Em um dos trechos da gravação, Alencar teria falado, ao ser
questionado sobre o número de
tiros: "Vários [tiros]. Sentei um tiro na cara dele". Eles teriam confessado à polícia, informalmente,
que teriam participado de outros
roubos de carro na região, mas
sem morte.
(GP)
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