RANIER BRAGON
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu na madrugada de ontem quatro homens acusados de participar do assassinato do padre e professor universitário José de Souza Fernandes, 48, desaparecido desde a noite de domingo após deixar a casa de parentes na cidade de Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte.
Segundo a polícia, um dos acusados, o servente de pedreiro Pedro Roberto Soares, 23, teria um caso amoroso com o padre.
De acordo com a polícia, Fernandes foi assassinado na noite de domingo. Após deixar a casa dos parentes, ele teria dado carona a Soares e a outro acusado, José Cláudio da Silva Rocha, 21, o "Bem-te-vi", que está foragido.
Os dois teriam convencido o padre a levá-los a um sítio, mas, nas imediações de uma cidade próxima, Sarzedo, teriam rendido Fernandes com o intuito, segundo a polícia, de roubar o carro e pertences do teólogo. De acordo com depoimentos que a polícia diz ter colhido, Soares e "Bem-te-vi" teriam tentado estrangular Fernandes. Como não conseguiram matá-lo, deram dois tiros. Segundo a polícia, os dois ainda passaram com uma camionete sobre o corpo do padre. O corpo foi achado no dia seguinte, mas, como estava desfigurado, foi encaminhado sem identificação ao Instituto Médico Legal.
Os outros três presos são acusados de saber do plano de assassinato e de ter a função de vender a camionete. Soares e "Bem-te-vi" serão indiciados por latrocínio (matar para roubar), formação de quadrilha e ocultação de cadáver. Os demais serão enquadrados nos crimes de formação de quadrilha e receptação de veículo roubado. Até a tarde de ontem, só um acusado havia constituído advogado, mas a Agência Folha não o localizou.


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