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EDUCAÇÃO
Deputados querem revogar lei
Evangélicos são contra ensino confessional
TALITA FIGUEIREDO
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A bancada evangélica da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro é contra o ensino religioso
confessional (separado por credo), cujo primeiro edital para
contratação de professores prevê
punição para o mestre que "perder a fé e tornar-se agnóstico e
ateu".
Os deputados estaduais evangélicos anunciaram que pedirão à
governadora Rosinha Matheus
(PMDB) que seja sancionado o
projeto de lei do deputado Carlos
Minc (PT) que veta a adoção do
ensino confessional.
A deputada e pastora evangélica
Edna Rodrigues (PMDB) disse
que "o Estado não pode interferir
no ensino religioso".
"Acho que não deveria haver
aula de religião nas escolas. Isso é
coisa para a igreja. Por outro lado,
como oferecer aulas de todas as
denominações evangélicas que
existem?", perguntou ela.
O chefe de Gabinete Civil do governo, Francesco Conte, disse que
o projeto de lei ainda não chegou
à governadora.
O ex-deputado estadual Carlos
Dias (PP), autor da lei que regulamenta o ensino religioso confessional, disse que, antes, o ensino
religioso era uma "antropologia
das religiões". A intenção, afirmou, é que a escola "forme o caráter religioso das pessoas".
Fundamentalista
O presidente nacional do PPS,
deputado federal Roberto Freire
(PE), afirmou ontem que o partido vai ingressar na Justiça contra
o edital da Secretaria Estadual de
Educação do Rio de Janeiro.
"Isso é fruto de uma mentalidade fundamentalista que quer
afrontar o Estado laico brasileiro.
Isso é perigosíssimo", afirmou o
deputado, que disse estar reunindo os argumentos jurídicos para
decidir se a ação será na Justiça
comum do Rio ou no Supremo
Tribunal Federal.
Colaborou a Sucursal de Brasília
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