São Paulo, domingo, 25 de outubro de 2009

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MAURICE JACQUES BAZIN (1934-2009)

Em busca de uma ciência para o povo

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Homem da física, o francês Maurice Bazin colecionou títulos em universidades dos EUA, França e Inglaterra. Saber que ele era PhD em física nuclear experimental de altas energias pela Universidade Stanford (EUA) ajudaria a conhecê-lo melhor.
Mas não seria suficiente. A melhor designação para ele, como lembra a cineasta brasileira Tetê Moraes, sua ex-mulher, é a de desmistificador da ciência na qual era especialista. Ele queria levar a física para o cidadão comum.
No Brasil do início dos anos 80, Maurice se juntou a um grupo que fazia atividades educativas em praças para popularizar a ciência. Levavam, por exemplo, microscópios para as ruas do Rio.
Até que o governo os cedeu um galpão, e ele e os amigos fundaram o Espaço Ciência Viva, o primeiro museu participativo de ciências do país.
A psicanalista Enedina Martins, sua mulher, conta que ele foi se afastando da física pura e se tornando um educador. Foram muitos os projetos do qual participou.
Treinou professores na África, deu cursos para operários no Chile, foi professor da Unicamp e da PUC-RJ, assessorou índios na Amazônia e também um programa de educação de jovens e adultos em Florianópolis e fez estudos de como comunicar a ciência para surdos e mudos.
Inquieto, só teve as atividades interrompidas na segunda, quando morreu aos 75, no Rio, em decorrência de problemas cardíacos. Deixa quatros filhos e dois netos.

coluna.obituario@uol.com.br

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