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Para especialistas, falta assistência
a jovem infrator
DA SUCURSAL DO RIO
Educadores que atuam
com meninos de rua contestam a ação da polícia do Rio
de responsabilizar os pais
pelos crimes de seus filhos.
"A Justiça está perdida e
acaba adotando a postura de
responsabilizar e criminalizar a pobreza. Com essa atitude, o governo culpa a parte
mais fraca da história por
não saber o que fazer", diz
Antônio Monteiro de Souza,
34, psicólogo e coordenador
da ONG Excola, do Rio.
Para ele, meninos que optam por viver nas ruas tiveram falhas na educação, na
saúde, na assistência social.
Na Excola, Souza conta
que vê mães prenderem seus
filhos em casa com medo de
eles irem para a rua e caírem
na malha do tráfico. "Muitos
fogem de casa pelo ímpeto
do consumo. Eles ficam revoltados por não poderem
comprar o que querem."
Regina Heringer, 39, socióloga e coordenadora de
programas da Actionaid
Brasil não vê "nenhuma novidade na onda de menores
assaltantes nas ruas do Rio".
Para ela, a falha de programas sociais faz com que o
próprio ECA (Estatuto da
Criança e do Adolescente)
não seja eficaz.
"O menino passa uma noite em delegacia ou instituto
qualquer que não oferece
nenhum tipo de ajuda. Ou
seja, entre nada e ficar na
rua, eles preferem a rua."
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