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INFÂNCIA
Metade dos usuários já tentou parar, diz pesquisa
Uso de droga é maior entre crianças de rua sem vínculo com a família
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Pesquisa realizada pelo Cebrid
(Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas)
mostra que crianças e adolescentes de rua estão mais vulneráveis
ao uso de drogas e álcool quando
perdem o vínculo com a família
ou a escola. Além disso, a maioria
tem consciência dos danos causados pelas drogas ao organismo e,
entre os que fazem uso, quase metade já tentou parar.
Dados parciais divulgados ontem mostram que fazem uso freqüente de drogas 72,5% das crianças e adolescentes em situação de
rua que não mantém mais contato com a família. Os adolescentes
que perderam o vínculo com a família representam 32,3% do total.
A pesquisa foi patrocinada pela
Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) e será divulgada hoje na
íntegra no Fórum Nacional sobre
Drogas, em Brasília. Foram ouvidos 2.807 jovens de 10 a 18 anos
durante o segundo semestre do
ano passado em instituições de 27
capitais brasileiras. É a quinta vez
que o Cebrid realiza levantamento deste tipo.
Segundo o estudo, 54% dos entrevistados disseram estar preocupados com os prejuízos causados pelas drogas à saúde. E 19% afirmam ter "medo de viciar".
Além disso, 44,3% disseram ter
tentado, ao menos uma vez, abandonar o uso de drogas ou álcool,
mas apenas 0,7% procuraram
uma instituição do sistema público para buscar atendimento.
Segundo a pesquisa, os jovens
costumam utilizar tabaco ou álcool antes de viver na rua. Quando saem de casa, é mais freqüente
o consumo de maconha, cocaína,
crack, merla, esmaltes, cola, tíner
e outros solventes.
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