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Ação publicitária gera suspeita de bomba e para Ipanema
RODRIGO RÖTZSCH
DO RIO
Uma ação publicitária sem
noção de "timing" gerou ontem apreensão e transtorno
em Ipanema, zona sul do Rio.
Duas grandes caixas de
madeira, trancadas com cadeados, foram abandonadas
nas duas principais praças
do bairro, Nossa Senhora da
Paz e General Osório.
No segundo caso, o objeto
foi deixado a poucos metros
de uma cabine de polícia, alimentando temores de que
fosse uma bomba.
As caixas eram, na verdade, parte de ação publicitária
da empresa P&G para divulgar uma promoção vinculada ao programa "Domingão
do Faustão", da TV Globo.
Isso só foi revelado, porém, depois que o trânsito da
Visconde de Pirajá, mais movimentada rua do bairro, foi
desviado e o esquadrão antibombas da Polícia Civil foi
ativado para detonar as duas
caixas. A polícia exigirá ressarcimento da P&G pelos
custos da operação.
Em nota, a empresa disse
"lamentar profundamente
pelo desconforto causado à
população" e informou que a
ação foi suspensa.
Apesar do susto, a população que acompanhou o desarme da "bomba" na General Osório reagiu ao episódio
com mais sarcasmo do que
medo. "A senha [do cadeado]
é UPP!", gritou um homem.
Quando um policial mascarado do esquadrão antibombas chegou para instalar
a garrafa com um líquido explosivo que seria usada para
forçar a abertura da caixa, alguém gritou: "É o Mr. M!",
em alusão ao mágico que fez
sucesso no "Fantástico".
Os curiosos tiveram que
deixar a praça para que a caixa pudesse ser aberta. Mas,
do outro lado da rua, iniciaram uma contagem regressiva após a polícia acender o
pavio da garrafa.
Um funcionário do metrô
resumiu a situação a um homem que chegava da estação
que fica na praça e perguntou o que havia na caixa:
"Nada. Vento".
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