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Mercado passa por renovação
da Reportagem Local
As editoras estão passando por
um amplo processo de revisão para se adequar aos novos critérios
de seleção e avaliação do governo.
"Há dois anos, o MEC estabeleceu alguns objetivos para a aquisição de livros didáticos. A editora
atendeu a esses objetivos e obteve
uma boa performance", diz Vicente Paz Fernandez, diretor editorial
e de produção da editora Scipione.
A Scipione publica o livro mais
pedido em todo o Brasil -o "Novo Caminho", de matemática, cuja
compra da FNDE girou em torno
de 1,5 milhão de exemplares.
A Ática, outra tradicional editora
de livros didáticos, está reformulando suas coleções para manter
sua participação no mercado.
A editora vendeu menos para o
governo este ano, apresentou menos títulos para serem avaliados e
teve menos livros estrelados
-passaram de 28 para 8.
"Eliminamos títulos, estamos
reformulando algumas coleções e
incluindo mais livros construtivistas no catálogo", diz Alfredo do
Amaral Chianca, diretor editorial
e de produção da Ática.
Para o presidente da Abrale (Associação Brasileira de Autores de
Livros Didáticos), Gilberto Cotrim, a principal alteração está no
maior cuidado com as edições.
"Os autores estão mais cuidadosos, revendo dados e diversificando os tipos de textos."
Embora autores e editores considerem a avaliação positiva por democratizar o mercado e melhorar
a qualidade do livro, eles consideram a ênfase em uma única linha
pedagógica uma atitude autoritária.
Eles também defendem a participação de professores de 1º e 2º
graus nas equipes de avaliação.
(MA).
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