São Paulo, sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

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NICOLAU DINAMARCO SPINELLI
(1939-2009)


O educador que acreditava em Papai Noel

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Ele insistia em dizer que não era invenção: Papai Noel existia sim. Nicolau Dinamarco Spinelli, professor e empresário da educação em Ribeirão Preto (SP), foi um alucinado pelo Natal. Sabia, inclusive, toda a história do bom velhinho, desde os primórdios como são Nicolau.
Há alguns anos, chegou a demitir uma professora de uma de suas escolas porque ela frustrou um aluno de 15 anos ao revelar que o personagem era fictício.
Com a sua paixão, a cidade é que ganhava. Em sociedade com um amigo arquiteto, ele montou uma empresa de decoração. Importavam contêineres de luzes da China para iluminar ruas e avenidas de Ribeirão.
Promoviam até concurso para escolher a casa com os melhores enfeites de Natal.
A iniciativa só parou com uma troca de prefeito. Sem apoio -precisava de seguranças para cuidarem das luzes-, ele teve de desistir.
Mas o Natal de Nicolau não parava por aí. Dos EUA costumava trazer peças para montar um enorme presépio na chácara que tinha. Fez tanto sucesso que ele emprestou as figuras para serem expostas num shopping.
As peças não foram montadas neste ano. Segundo o filho Júnior, não teria a mesma magia. O empresário "sonhador", dono do Centro Universitário Barão de Mauá, colégio Carlos Chagas Filho e Liceu Albert Sabin, morreu segunda, aos 70, devido a um câncer de pulmão.
Teve cinco filhos e 12 netos.

coluna.obituario@uol.com.br


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