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NICOLAU DINAMARCO SPINELLI
(1939-2009)
O educador que acreditava em Papai Noel
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Ele insistia em dizer que
não era invenção: Papai Noel
existia sim. Nicolau Dinamarco Spinelli, professor e
empresário da educação em
Ribeirão Preto (SP), foi um
alucinado pelo Natal. Sabia,
inclusive, toda a história do
bom velhinho, desde os primórdios como são Nicolau.
Há alguns anos, chegou a
demitir uma professora de
uma de suas escolas porque
ela frustrou um aluno de 15
anos ao revelar que o personagem era fictício.
Com a sua paixão, a cidade
é que ganhava. Em sociedade
com um amigo arquiteto, ele
montou uma empresa de decoração. Importavam contêineres de luzes da China
para iluminar ruas e avenidas de Ribeirão.
Promoviam até concurso
para escolher a casa com os
melhores enfeites de Natal.
A iniciativa só parou com
uma troca de prefeito. Sem
apoio -precisava de seguranças para cuidarem das luzes-, ele teve de desistir.
Mas o Natal de Nicolau
não parava por aí. Dos EUA
costumava trazer peças para
montar um enorme presépio
na chácara que tinha. Fez
tanto sucesso que ele emprestou as figuras para serem expostas num shopping.
As peças não foram montadas neste ano. Segundo o
filho Júnior, não teria a mesma magia. O empresário "sonhador", dono do Centro
Universitário Barão de
Mauá, colégio Carlos Chagas
Filho e Liceu Albert Sabin,
morreu segunda, aos 70, devido a um câncer de pulmão.
Teve cinco filhos e 12 netos.
coluna.obituario@uol.com.br
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