São Paulo, segunda-feira, 26 de janeiro de 2004

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EM CAMPANHA

Sem-teto foram buscar pontos à fila da casa própria

Com cara de desânimo, duas mulheres olhavam para a concentração da parada na avenida 23 de Maio. Elas não queriam estar lá. "Domingo é para descansar", disse Joana Dias Santiago, 45, operadora de máquina. "Fui quase obrigada."
Santiago milita em um movimento de moradia da zona norte de São Paulo, o Vale do Rio Doce. Os dirigentes definiram que a ida à parada contaria pontos, e estes ajudariam a definir o lugar de cada um na fila da casa própria. Quanto mais pontos, maior a chance de acesso aos imóveis.
"Hoje era o dia que eu queria dar atenção aos meus filhos", disse Carmem Mariano, 48.
Francivaldo, tesoureiro do movimento, não revelou o sobrenome, mas disse que a idéia de estimular a ida à parada é dar apoio a quem ajuda o movimento. "Vamos votar em quem nos ajuda."



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