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EM CAMPANHA
Sem-teto foram buscar pontos à fila da casa própria
Com cara de desânimo, duas
mulheres olhavam para a concentração da parada na avenida 23 de
Maio. Elas não queriam estar lá.
"Domingo é para descansar", disse Joana Dias Santiago, 45, operadora de máquina. "Fui quase
obrigada."
Santiago milita em um movimento de moradia da zona norte
de São Paulo, o Vale do Rio Doce.
Os dirigentes definiram que a ida
à parada contaria pontos, e estes
ajudariam a definir o lugar de cada um na fila da casa própria.
Quanto mais pontos, maior a
chance de acesso aos imóveis.
"Hoje era o dia que eu queria
dar atenção aos meus filhos", disse Carmem Mariano, 48.
Francivaldo, tesoureiro do movimento, não revelou o sobrenome, mas disse que a idéia de estimular a ida à parada é dar apoio a
quem ajuda o movimento. "Vamos votar em quem nos ajuda."
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