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Polícia investiga 3 PMs por morte de coronel
Policiais foram presos ontem acusados pela morte de uma mulher na zona norte, área comandada pelo oficial assassinado
Uma das hipóteses para o assassinato do coronel, no dia 16, é vingança de algum subordinado que tenha
sido punido em sua gestão
LUIS KAWAGUTI
DA REPORTAGEM LOCAL
A Polícia Civil prendeu ontem três policiais militares suspeitos da morte de uma mulher
em setembro do ano passado
na zona norte de São Paulo.
Eles serão investigados também pelo suposto envolvimento no assassinato do coronel
José Hermínio Rodrigues, 48,
no último dia 16.
Os PMs tiveram prisão temporária de 30 dias decretada
pela Justiça pelo assassinato da
mulher, na região da Vila Brasilândia, e também por uma outra tentativa de homicídio
ocorrida em 2007.
As prisões foram realizadas
por policiais do Departamento
de Homicídios e de Proteção à
Pessoa (DHPP) e da Corregedoria da Polícia Militar, ontem,
em locais não revelados pela
polícia.
Os presos são dois sargentos
e um soldado, segundo o delegado Marcos Carneiro de Lima,
divisionário do DHPP. A polícia
não divulgou o nome dos suspeitos. Segundo o DHPP, a medida foi tomada para não atrapalhar as investigações.
"Os três já estão com prisão
temporária decretada. Eles são
suspeitos de um homicídio e de
uma tentativa de homicídio do
ano passado e queremos saber
se têm relação com a morte do
coronel. Para isso estamos buscando provas técnicas", afirmou o delegado.
Carneiro de Lima disse que a
morte da mulher será investigada pela 2ª Delegacia de Homicídios do DHPP e a tentativa
de homicídio por policiais da 4ª
delegacia do mesmo departamento.
"A investigação sobre a morte do coronel corre sob sigilo,
mas a Polícia Civil está trabalhando em harmonia com a Polícia Militar para resolver o caso", justificou o policial.
O coronel Rodrigues foi surpreendido por um motoqueiro
no dia 16 quando andava de bicicleta perto de sua casa, na av.
Engenheiro Caetano Álvares,
durante seus primeiros dias de
férias. Ele foi assassinado com
seis tiros disparados de pistola
calibre 380. O motoqueiro usava uma roupa preta e nem chegou a abrir a viseira do capacete
para não ser identificado.
O delegado disse que o criminoso cometeu poucos erros durante o assassinato do coronel,
por isso as investigações se
concentram em identificar outros crimes que ele ou o seu
grupo tenham praticado.
Rodrigues acompanhava investigações sobre policiais militares que teriam participado
de chacinas na zona norte.
Ele era conhecido na corporação por ser favorável à punição de PMs que cometem deslizes. A hipótese de que seu assassino seja um policial militar
ou ex-PM vem sendo investigada pela polícia.
Os três suspeitos presos ontem foram interrogados no
DHPP até o fim da noite. Uma
forte escolta de policiais militares da Corregedoria esperava o
fim dos depoimentos para
transferir os suspeitos para o
presídio Romão Gomes, especial para abrigar PMs que cometem crimes.
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