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Especialistas descartam acidente
DA REPORTAGEM LOCAL
Especialistas em toxicologia veterinária já olhavam com desconfiança a possibilidade de envenenamento acidental, com resíduos
de veneno de rato, linha de investigação com que a polícia vinha
trabalhando nos últimos dias.
Steve Hansen, de uma das principais entidades norte-americanas que trabalham com envenenamento de animais, disse, no início da semana, que a hipótese era
"extremamente improvável". Ele
já tinha conhecimento do caso em
São Paulo quando foi contatado
por e-mail em Urbana, Illinois.
"Mesmo se considerarmos que
o raticida foi excretado sem ser
modificado, a quantidade de fezes
que um elefante, um cachorro teria de comer para que fosse letal é
inacreditável", afirmou Hansen,
diretor do Centro de Controle do
Envenenamento de Animais da
Sociedade Americana para a Prevenção da Crueldade Contra Animais (Aspca, sigla em inglês).
Segundo o diretor, a entidade
esteve envolvida em investigações
sobre mortes misteriosas de bichos em zoológicos dos EUA e
Canadá. Mas foram poucos os casos. Ele não quis revelar o número
e quais foram por questões de sigilo profissional. A razão dos óbitos, afirma, foi "uma combinação
de doença, mau gerenciamento
dos animais e envenenamento".
"Para um elefante, seria necessária uma dose de elefante", diz
Michiko Sakate, professora de toxicologia veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp.
(FL)
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