São Paulo, quinta-feira, 26 de fevereiro de 2004

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Especialistas descartam acidente

DA REPORTAGEM LOCAL

Especialistas em toxicologia veterinária já olhavam com desconfiança a possibilidade de envenenamento acidental, com resíduos de veneno de rato, linha de investigação com que a polícia vinha trabalhando nos últimos dias.
Steve Hansen, de uma das principais entidades norte-americanas que trabalham com envenenamento de animais, disse, no início da semana, que a hipótese era "extremamente improvável". Ele já tinha conhecimento do caso em São Paulo quando foi contatado por e-mail em Urbana, Illinois.
"Mesmo se considerarmos que o raticida foi excretado sem ser modificado, a quantidade de fezes que um elefante, um cachorro teria de comer para que fosse letal é inacreditável", afirmou Hansen, diretor do Centro de Controle do Envenenamento de Animais da Sociedade Americana para a Prevenção da Crueldade Contra Animais (Aspca, sigla em inglês).
Segundo o diretor, a entidade esteve envolvida em investigações sobre mortes misteriosas de bichos em zoológicos dos EUA e Canadá. Mas foram poucos os casos. Ele não quis revelar o número e quais foram por questões de sigilo profissional. A razão dos óbitos, afirma, foi "uma combinação de doença, mau gerenciamento dos animais e envenenamento".
"Para um elefante, seria necessária uma dose de elefante", diz Michiko Sakate, professora de toxicologia veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp. (FL)


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