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ADMINISTRAÇÃO
Prefeitura pagará até R$ 300, pelo prazo de 30 meses, para atender moradores de prédios em reforma
Programa bancará aluguel de 3.000 famílias
DA REPORTAGEM LOCAL
Aprovado na última semana
pelo Conselho Municipal de Habitação, o programa bolsa-aluguel, da Prefeitura de São Paulo,
deverá sair do papel na segunda
quinzena de março, quando atenderá as famílias moradoras dos
edifícios São Vito e Prestes Maia
(centro), que serão reformados.
Pela lei, a prefeitura subsidiará o
aluguel das famílias em até R$
300, pelo período inicial de 30 meses. Se o valor do aluguel for superior ao subsídio, o inquilino será
responsável pelo excedente.
Quem não apresentar o comprovante de pagamento em até três
meses será desligado do projeto.
De acordo com o secretário da
Habitação, Paulo Teixeira, a meta
é atender a 3.000 famílias neste
ano, todas moradoras de áreas
que estão sob intervenção da prefeitura. O programa será operado
pela Cohab, com recursos do
Fundo Municipal de Habitação.
Além da bolsa-aluguel, a lei
também permite que a prefeitura
atue como fiadora nos contratos,
arcando com uma garantia equivalente, no máximo, ao triplo do
valor mensal do aluguel.
"É um programa de apoio aos
outros projetos habitacionais da
prefeitura. Ele permitirá um atendimento imediato, para que, durante a reforma dos edifícios e
cortiços, as famílias tenham uma
moradia", afirma o secretário.
Embora a lei priorize moradores de áreas sob intervenção, essa
não é uma condição fundamental
para a requisição do benefício.
Serão atendidas famílias com
renda mensal de até 10 salários
mínimos, o que equivale, atualmente, a R$ 2.400. Porém, será dada preferência às famílias que recebem até seis salários mínimos.
Para receber a bolsa, o candidato deverá apresentar o comprovante de pagamento do aluguel
do mês anterior. Findo o prazo
inicial, a bolsa poderá ser renovada por mais 30 meses.
O beneficiário pode escolher o
local em que deseja morar, mas o
imóvel deve ser aprovado pela Superintendência de Habitação Popular da Secretaria de Habitação,
que realizará um monitoramento
social nas moradias. Uma das exigências é que o local seja de uso
exclusivamente residencial.
A secretaria, por meio de um
convênio com o Conselho Regional de Corretores de Imóveis, já
mapeou cerca de 300 imóveis adequados às condições estabelecidas no programa.
As famílias candidatas ao Bolsa-Aluguel terão que apresentar uma
declaração mostrando seus rendimentos mensais à prefeitura. Como muitas devem trabalhar no
comércio informal, e podem não
possuir um comprovante oficial
para entregar, será aceita uma declaração feita pelo candidato.
A secretaria afirma ainda que já
iniciou conversas com as famílias
que foram despejadas de um edifício localizado na rua Ana Cintra
com a avenida São João, no mês
passado. O edifício pertencia à
CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano),
do Estado, que se comprometeu a
pagar R$ 400 para as famílias durante um mês. Após esse período,
a prefeitura afirmou que as colocaria no Bolsa-Aluguel.
O Fundo Municipal de Habitação recebe recursos de programas
do governo federal, de ações da
prefeitura e do Orçamento Municipal. Segundo o secretário Paulo
Teixeira, estão previstos R$ 600
milhões para o Fundo neste ano.
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