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Precipitação atinge recorde em Ribeirão
MARCELO TOLEDO
DA FOLHA RIBEIRÃO
Choveu mais neste mês em Ribeirão Preto (314 km de SP) do
que a soma do acumulado nos
meses de fevereiro dos três anos
anteriores -2001, 2002 e 2003. O
volume quase bateu o recorde
histórico do mês - em 1993 choveu dez milímetros a mais.
De acordo com o LabGeo (Laboratório de Geotecnologia) da
Unaerp (Universidade de Ribeirão Preto), até as 15h30 de ontem
choveu 417 mm na cidade. Em fevereiro de 1993, as chuvas atingiram a marca de 427,6 mm. A coleta de dados sobre chuvas começou em 1937 em Ribeirão, por
meio do IAC (Instituto Agronômico de Campinas). Desde então,
a média histórica é de 221,7 mm.
O estacionamento de uma frente fria, desde a última sexta-feira,
no Estado está provocando as
chuvas, que devem persistir com
menor intensidade até domingo.
"Já tivemos outras frentes semelhantes no Brasil em dezembro,
mas elas passaram por São Paulo
e foram para o Espírito Santo ou
para a Bahia", disse a pesquisadora do Cptec (Centro de Previsão
de Tempo e Estudos Climáticos)
Viviane Algarve.
Por causa da frente, choveu nos
últimos seis dias 230,2 mm
-mais que a média histórica da
cidade para todo o mês-, o que
provocou o alagamento de ruas.
Segundo a pesquisadora, no fim
de semana, a temperatura deverá
subir, o que fará a região ter pancadas de chuva.
Mortes
O corpo de Adaíton Aparecido
Prado, 19, foi encontrado anteontem, por volta de 22h30, próximo
à ponte da rodovia Plínio de Castro Prado, em Pontal (351 km de
SP). O corpo foi achado por um
pescador, que o prendeu a uma
árvore e chamou o Corpo de
Bombeiros de Sertãozinho.
A mãe de Prado o reconheceu
na manhã de ontem no Cemel
(Centro de Medicina Legal) de Ribeirão Preto. O rapaz desapareceu na tarde de domingo quando
fazia uma trilha de bicicleta.
Já em Barretos (424 km da capital), o corpo de Robson Douglas
Del Erba, 21, foi encontrado na
manhã de ontem pelo Corpo de
Bombeiros. Ele estava submerso
na lagoa da fazenda Recanto Alegre, na zona rural. O jovem sumiu
por volta das 16h30 de anteontem
quando nadava com amigos.
As mortes de Prado e Del Erba
foram classificadas como afogamento e não vão ser contabilizadas como sendo decorrentes da
chuva pela Defesa Civil Estadual,
de acordo com a tenente Tânia
Pinc.
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