São Paulo, domingo, 26 de março de 2000


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Lavras tem projeto para superdotado

da Reportagem Local

A iniciativa da prefeitura de Lavras (MG) de dar atendimento especial a crianças talentosas e superdotadas mostra que a solução para o problema é bem mais simples do que parece.
Há oito anos, a Secretaria Municipal de Educação resolveu criar um centro para não deixar que o talento dos alunos da cidade fosse desperdiçado.
"Com o apoio da comunidade e dos professores, começamos a fazer a avaliação das potencialidades das crianças e a desenvolver um trabalho específico para elas", afirma a secretária de Educação, Zenita Cunha Guenther.
O centro construído pela prefeitura recebeu o nome de Cedet (Centro para Desenvolvimento do Potencial e Talento) e desde o início do projeto, contou com o apoio de voluntários.
Ele foi criado com o objetivo de apoiar, estimular e orientar a educação desses "gênios". A criança bem dotada pode ser vista como diferente e isso pode levar a uma sensação de inferioridade.
"A maioira das tarefas são feitas com o apoio de voluntários. Mantemos apenas uma equipe de oito coordenadores que os orientam nas tarefas realizadas diretamente com os alunos", diz a secretária.
O Cedet atende não apenas alunos de escolas públicas. Hoje, 804 alunos são atendidos no centro. "Cerca de 4,5% de nossos alunos são atendidos no Cedet", afirma.
Para chegar a essas crianças, a prefeitura fez um trabalho de conscientização dos professores, para que eles soubessem avaliar quando os alunos apresentavam características de superdotados ou talentosos.
"Em qualquer comunidade é possível encontrar essas crianças. A dificuldade é que os professores não sabiam detectar esses talentos no meio dos demais", afirma a secretária da Educação.
Cada estudante atendido pelo Cedet escolhe a tarefa que deseja desenvolver com um voluntário. "Ele pode, inclusive, visitar uma universidade junto com um professor, por exemplo, ou conhecer o fórum da cidade orientado por um advogado", diz.
De acordo com o Cedet, a necessidade de reconhecer e lidar com minorias está se tornando cada vez mais visível. Eles acreditam que essa educação "diferenciada" não pode ser um apoio ou uma correção de possíveis erros na qualidade do trabalho desenvolvido pela escola. Mas, "um esforço direcionado para favorecer o desenvolvimento e responder a necessidades específicas desse grupo de alunos".
Uma vez identificadas as crianças, inicia-se um esforço para conhecer cada uma e clarear com ela seus interesses, preferências e inclinações, para que indiquem as necessidades imediatas e alongo prazo para cada uma delas.













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