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Lavras tem projeto para superdotado
da Reportagem Local
A iniciativa da prefeitura de Lavras (MG) de dar atendimento especial a crianças talentosas e superdotadas mostra que a solução
para o problema é bem mais simples do que parece.
Há oito anos, a Secretaria Municipal de Educação resolveu criar
um centro para não deixar que o
talento dos alunos da cidade fosse
desperdiçado.
"Com o apoio da comunidade e
dos professores, começamos a fazer a avaliação das potencialidades das crianças e a desenvolver
um trabalho específico para elas",
afirma a secretária de Educação,
Zenita Cunha Guenther.
O centro construído pela prefeitura recebeu o nome de Cedet
(Centro para Desenvolvimento
do Potencial e Talento) e desde o
início do projeto, contou com o
apoio de voluntários.
Ele foi criado com o objetivo de
apoiar, estimular e orientar a educação desses "gênios". A criança
bem dotada pode ser vista como
diferente e isso pode levar a uma
sensação de inferioridade.
"A maioira das tarefas são feitas
com o apoio de voluntários. Mantemos apenas uma equipe de oito
coordenadores que os orientam
nas tarefas realizadas diretamente
com os alunos", diz a secretária.
O Cedet atende não apenas alunos de escolas públicas. Hoje, 804
alunos são atendidos no centro.
"Cerca de 4,5% de nossos alunos
são atendidos no Cedet", afirma.
Para chegar a essas crianças, a
prefeitura fez um trabalho de
conscientização dos professores,
para que eles soubessem avaliar
quando os alunos apresentavam
características de superdotados
ou talentosos.
"Em qualquer comunidade é
possível encontrar essas crianças.
A dificuldade é que os professores
não sabiam detectar esses talentos
no meio dos demais", afirma a secretária da Educação.
Cada estudante atendido pelo
Cedet escolhe a tarefa que deseja
desenvolver com um voluntário.
"Ele pode, inclusive, visitar uma
universidade junto com um professor, por exemplo, ou conhecer
o fórum da cidade orientado por
um advogado", diz.
De acordo com o Cedet, a necessidade de reconhecer e lidar com
minorias está se tornando cada
vez mais visível. Eles acreditam
que essa educação "diferenciada"
não pode ser um apoio ou uma
correção de possíveis erros na
qualidade do trabalho desenvolvido pela escola. Mas, "um esforço direcionado para favorecer o
desenvolvimento e responder a
necessidades específicas desse
grupo de alunos".
Uma vez identificadas as crianças, inicia-se um esforço para conhecer cada uma e clarear com ela
seus interesses, preferências e inclinações, para que indiquem as
necessidades imediatas e alongo
prazo para cada uma delas.
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