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São Paulo, sábado, 26 de abril de 2003

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VIOLÊNCIA

Não houve roubo, diz polícia

Irmão de deputado é assassinado no Canindé

DA REPORTAGEM LOCAL
DO "AGORA"

O empresário Claudio Hanna Hiar, 40, irmão do deputado estadual Alberto Hiar (PSDB), conhecido como Turco Loco, foi morto com um tiro na cabeça dentro de seu escritório, no Canindé (região central de São Paulo), por volta das 10h de ontem.
De acordo com a polícia, um homem, ainda não-identificado, invadiu o escritório de Hiar, mandou a secretária se trancar no banheiro e atirou na cabeça do empresário. De acordo com as primeiras investigações, nada teria sido roubado do local.
A polícia investiga se o crime está relacionado a um assalto que a vítima sofreu na última quarta-feira, em uma de suas lojas, no Tremembé.
Tanto a vítima como o irmão, filhos de imigrantes libaneses, são empresários na área de confecções, o deputado como industrial e o irmão no comércio.
Dono da rede de lojas de roupas Tubo D'Água, Claudio Hiar também tentou seguir a carreira do irmão e se candidatou, sem sucesso, a vereador e a deputado federal pelo PDT.
No assalto, os cinco ladrões teriam levado, além de roupas, uma pasta preta que pertencia ao empresário.

Prisões
Na madrugada de ontem, três acusados foram presos: Fabio Thomaz, 23, Fabio Nascente, 18, e Carlos de Oliveira, 19.
O trio nega ter relação com o assassinato e afirma que perdeu a pasta, que foi encontrada por uma pessoa na zona norte da cidade. Horas antes de ser assassinado, o empresário havia ido buscar a pasta.
Carla Patrícia Munhoz Lopes, 23, secretária de Hiar, disse que foi trancada no banheiro. Mas chegou a ouvir o assassino perguntar ao empresário justamente sobre uma pasta preta.
O motorista da firma, Benedito Tobias de Lima Filho, 48, chegou a ouvir o tiro ao retornar ao escritório. Ele disse ter encontrado o empresário caído no chão e que o assassino teria lhe dito para entrar e ficar "na moral".
Foi o motorista que chamou a polícia. Quando os policiais chegaram ao local, porém, Hiar já estava morto. A delegada de plantão no 12º DP, Maria José Figueiredo, também compareceu ao escritório, antes de pedir o assessoramento da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) nas investigações.
A polícia apurou que o assassino havia ido ao escritório no dia anterior e falado com a vítima. O assunto da conversa, porém, ainda é ignorado.
O assassino foi descrito pelo motorista como sendo branco, magro, cabelos pretos, 1,65 m de altura e aproximadamente 35 anos. Segundo a testemunha, no momento do crime o homem estava usando uma calça jeans e uma blusa de lã escura.


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