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VIOLÊNCIA
Não houve roubo, diz polícia
Irmão de deputado é assassinado no Canindé
DA REPORTAGEM LOCAL
DO "AGORA"
O empresário Claudio Hanna
Hiar, 40, irmão do deputado estadual Alberto Hiar (PSDB), conhecido como Turco Loco, foi morto
com um tiro na cabeça dentro de
seu escritório, no Canindé (região
central de São Paulo), por volta
das 10h de ontem.
De acordo com a polícia, um
homem, ainda não-identificado,
invadiu o escritório de Hiar, mandou a secretária se trancar no banheiro e atirou na cabeça do empresário. De acordo com as primeiras investigações, nada teria
sido roubado do local.
A polícia investiga se o crime está relacionado a um assalto que a
vítima sofreu na última quarta-feira, em uma de suas lojas, no
Tremembé.
Tanto a vítima como o irmão, filhos de imigrantes libaneses, são
empresários na área de confecções, o deputado como industrial
e o irmão no comércio.
Dono da rede de lojas de roupas
Tubo D'Água, Claudio Hiar também tentou seguir a carreira do irmão e se candidatou, sem sucesso, a vereador e a deputado federal pelo PDT.
No assalto, os cinco ladrões teriam levado, além de roupas, uma
pasta preta que pertencia ao empresário.
Prisões
Na madrugada de ontem, três
acusados foram presos: Fabio
Thomaz, 23, Fabio Nascente, 18, e
Carlos de Oliveira, 19.
O trio nega ter relação com o assassinato e afirma que perdeu a
pasta, que foi encontrada por
uma pessoa na zona norte da cidade. Horas antes de ser assassinado, o empresário havia ido buscar a pasta.
Carla Patrícia Munhoz Lopes,
23, secretária de Hiar, disse que
foi trancada no banheiro. Mas
chegou a ouvir o assassino perguntar ao empresário justamente
sobre uma pasta preta.
O motorista da firma, Benedito
Tobias de Lima Filho, 48, chegou
a ouvir o tiro ao retornar ao escritório. Ele disse ter encontrado o
empresário caído no chão e que o
assassino teria lhe dito para entrar
e ficar "na moral".
Foi o motorista que chamou a
polícia. Quando os policiais chegaram ao local, porém, Hiar já estava morto. A delegada de plantão
no 12º DP, Maria José Figueiredo,
também compareceu ao escritório, antes de pedir o assessoramento da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP)
nas investigações.
A polícia apurou que o assassino havia ido ao escritório no dia
anterior e falado com a vítima. O
assunto da conversa, porém, ainda é ignorado.
O assassino foi descrito pelo
motorista como sendo branco,
magro, cabelos pretos, 1,65 m de
altura e aproximadamente 35
anos. Segundo a testemunha, no
momento do crime o homem estava usando uma calça jeans e
uma blusa de lã escura.
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