São Paulo, segunda-feira, 26 de abril de 2004

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Polícia simula morte de prefeito de Campinas

FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS

Dois anos e sete meses depois da morte do prefeito de Campinas, Antonio da Costa Santos, em setembro de 2001, a Polícia Civil, o IC (Instituto de Criminalística) e a Promotoria fizeram ontem a primeira simulação do crime. Os trabalhos foram realizados sob o protesto de parentes e amigos de Toninho no local da simulação, a avenida Mackenzie.
A viúva de Toninho, Roseana Garcia, e um grupo de cerca de 50 pessoas carregaram faixas que pediam Justiça e diziam que a motivação do crime foi política e não um crime banal, como concluiu a polícia e o Ministério Público Estadual. O grupo ainda rezou próximo ao local do crime.
De acordo com Garcia, um abaixo-assinado, com 70 mil assinaturas, será enviado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos próximos dias pedindo a intervenção da Polícia Federal.
O Ministério Público e o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa) defendem a tese de que Toninho foi morto por acaso porque seu veículo atrapalhava a fuga da quadrilha do seqüestrador Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho.
Já a viúva de Toninho e o grupo ligado a ele contestam a tese de crime comum e dizem acreditar em motivação política.
""Antonio morreu porque era prefeito de Campinas e mexeu com diversos interesses de grupos poderosos da cidade. A simulação não reproduz a cena do crime e não acrescenta nada à investigação", disse Garcia.
A polícia classifica como simulação, e não como reconstituição, o trabalho realizado ontem, pelo fato de os acusados do crime não estarem presentes.


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