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Polícia simula morte de prefeito de Campinas
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
Dois anos e sete meses depois
da morte do prefeito de Campinas, Antonio da Costa Santos, em
setembro de 2001, a Polícia Civil, o
IC (Instituto de Criminalística) e a
Promotoria fizeram ontem a primeira simulação do crime. Os trabalhos foram realizados sob o
protesto de parentes e amigos de
Toninho no local da simulação, a
avenida Mackenzie.
A viúva de Toninho, Roseana
Garcia, e um grupo de cerca de 50
pessoas carregaram faixas que pediam Justiça e diziam que a motivação do crime foi política e não
um crime banal, como concluiu a
polícia e o Ministério Público Estadual. O grupo ainda rezou próximo ao local do crime.
De acordo com Garcia, um
abaixo-assinado, com 70 mil assinaturas, será enviado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva
nos próximos dias pedindo a intervenção da Polícia Federal.
O Ministério Público e o DHPP
(Departamento de Homicídios e
Proteção a Pessoa) defendem a tese de que Toninho foi morto por
acaso porque seu veículo atrapalhava a fuga da quadrilha do seqüestrador Wanderson Nilton de
Paula Lima, o Andinho.
Já a viúva de Toninho e o grupo
ligado a ele contestam a tese de
crime comum e dizem acreditar
em motivação política.
""Antonio morreu porque era
prefeito de Campinas e mexeu
com diversos interesses de grupos
poderosos da cidade. A simulação
não reproduz a cena do crime e
não acrescenta nada à investigação", disse Garcia.
A polícia classifica como simulação, e não como reconstituição,
o trabalho realizado ontem, pelo
fato de os acusados do crime não
estarem presentes.
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