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Em dia de fúria, homem destrói vitrine na Paulista
Com um taco de beisebol, ele despedaçou os vidros do setor de arte da livraria Cultura do Conjunto Nacional e destruiu uma TV
Alessandre Fernando Aleixo
foi contido por seguranças do local; ele disse que protestava por não ter sido atendido em uma delegacia
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DA REPORTAGEM LOCAL
Um homem em aparente ataque de fúria destruiu ontem
parte da vitrine da livraria Cultura do Conjunto Nacional, na
quadra da avenida Paulista com
a rua Augusta e as alamedas
Santos e Ministro Rocha Azevedo, nos Jardins (região central de São Paulo).
Segundo testemunhas, o homem, que se identificou como
Alessandre Fernando Aleixo e
aparenta ter 40 anos, correu na
direção da vidraça do setor de
arte e despedaçou os vidros
com um taco de madeira de beisebol, destruindo, além da vitrine, uma TV de plasma que
estava exposta no local.
Às 15h47, seguranças do
shopping contiveram o agressor, que não ofereceu resistência e sentou-se no chão à espera
da polícia. Uma cliente que saía
da loja justamente no momento do ataque teve de ser socorrida com crise nervosa.
De acordo com seguranças, o
agressor, que vestia camiseta,
bermuda e tênis, disse ter atacado a vitrine "para chamar a
atenção, já que não havia sido
atendido ao ir anteriormente à
delegacia".
Aleixo tem passagem na polícia em 3 de abril por ter entrado
numa das filiais da academia
Runner, também com um taco,
e agredido um aluno que supostamente tinha dívidas com ele.
Em dezembro passado, registrou um boletim de ocorrência
contra um ex-aluno de outra
academia, desta vez no hotel
Renaissance, que teria feito
ameaças a ele. Nos BOs, Aleixo
diz ser desempregado.
Como os vidros da livraria
Cultura são temperados, ninguém se feriu. Os estilhaços,
partidos em pequenos pedaços
cúbicos, ficaram próximos da
vitrine. Parte do teto de vidro e
da iluminação interna também
foi quebrado.
"Ele veio com um pedaço de
pau, batendo forte. Pensei que
fosse algum ex-funcionário
descontente", diz o assistente-financeiro Júnior Vasconcelos,
que trabalha num escritório do
Conjunto Nacional.
Funcionários dizem que o
ofensor não consta do cadastro
de clientes da livraria a afirmam desconhecer o motivo do
ataque à loja.
"Ele não falava coisa com coisa e não reagiu à prisão. Acho
que era alguém doente, completamente confuso", diz o empresário Pedro Herz, dono da
livraria Cultura. "Nos Estados
Unidos, eles saem metralhando. Aqui, felizmente, ninguém
se machucou."
O homem foi levado ao 78º
DP (Jardins), onde foi registrado um termo circunstanciado e
liberado logo em seguida.
A área da vitrine foi isolada e,
segundo a Cultura, a substituição do vidro seria feita ainda
ontem à noite. A livraria diz ter
seguro, mas o prejuízo ainda
não havia sido calculado.
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