São Paulo, sábado, 26 de abril de 2008

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Em dia de fúria, homem destrói vitrine na Paulista

Com um taco de beisebol, ele despedaçou os vidros do setor de arte da livraria Cultura do Conjunto Nacional e destruiu uma TV

Alessandre Fernando Aleixo foi contido por seguranças do local; ele disse que protestava por não ter sido atendido em uma delegacia

VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

Um homem em aparente ataque de fúria destruiu ontem parte da vitrine da livraria Cultura do Conjunto Nacional, na quadra da avenida Paulista com a rua Augusta e as alamedas Santos e Ministro Rocha Azevedo, nos Jardins (região central de São Paulo).
Segundo testemunhas, o homem, que se identificou como Alessandre Fernando Aleixo e aparenta ter 40 anos, correu na direção da vidraça do setor de arte e despedaçou os vidros com um taco de madeira de beisebol, destruindo, além da vitrine, uma TV de plasma que estava exposta no local.
Às 15h47, seguranças do shopping contiveram o agressor, que não ofereceu resistência e sentou-se no chão à espera da polícia. Uma cliente que saía da loja justamente no momento do ataque teve de ser socorrida com crise nervosa.
De acordo com seguranças, o agressor, que vestia camiseta, bermuda e tênis, disse ter atacado a vitrine "para chamar a atenção, já que não havia sido atendido ao ir anteriormente à delegacia".
Aleixo tem passagem na polícia em 3 de abril por ter entrado numa das filiais da academia Runner, também com um taco, e agredido um aluno que supostamente tinha dívidas com ele. Em dezembro passado, registrou um boletim de ocorrência contra um ex-aluno de outra academia, desta vez no hotel Renaissance, que teria feito ameaças a ele. Nos BOs, Aleixo diz ser desempregado.
Como os vidros da livraria Cultura são temperados, ninguém se feriu. Os estilhaços, partidos em pequenos pedaços cúbicos, ficaram próximos da vitrine. Parte do teto de vidro e da iluminação interna também foi quebrado.
"Ele veio com um pedaço de pau, batendo forte. Pensei que fosse algum ex-funcionário descontente", diz o assistente-financeiro Júnior Vasconcelos, que trabalha num escritório do Conjunto Nacional.
Funcionários dizem que o ofensor não consta do cadastro de clientes da livraria a afirmam desconhecer o motivo do ataque à loja.
"Ele não falava coisa com coisa e não reagiu à prisão. Acho que era alguém doente, completamente confuso", diz o empresário Pedro Herz, dono da livraria Cultura. "Nos Estados Unidos, eles saem metralhando. Aqui, felizmente, ninguém se machucou."
O homem foi levado ao 78º DP (Jardins), onde foi registrado um termo circunstanciado e liberado logo em seguida.
A área da vitrine foi isolada e, segundo a Cultura, a substituição do vidro seria feita ainda ontem à noite. A livraria diz ter seguro, mas o prejuízo ainda não havia sido calculado.


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