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Polícia fará a reconstituição da morte de 4 moradores no Borel
DA SUCURSAL DO RIO
O delegado Orlando Zaccone,
responsável pela investigação de
quatro mortes durante uma operação da PM no morro do Borel,
disse que fará a reconstituição do
crime e ofereceu proteção a testemunhas. A reconstituição irá esclarecer as circunstâncias das
mortes ocorridas em 16 de abril.
Os laudos cadavéricos revelaram que as vítimas receberam tiros nas costas, nas pernas e nos
braços -indício, segundo a polícia, que reforça a versão dada pelos moradores de que os quatro
teriam sido executados por PMs
do 6º Batalhão, da Tijuca. Segundo eles, os quatro não tinham ligação com o tráfico de drogas.
Os PMs afirmaram, ao depor na
Corregedoria, que os mortos
eram traficantes armados e reagiram à prisão. O caso está sendo
acompanhado pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos.
Já foi ouvido um rapaz ferido na
operação. Segundo ele, as vítimas
foram detidas pelos PMs, levadas
para um beco e mortas.
Índice de criminalidade
O caso foi registrado como auto
de resistência (morte em suposto
confronto com a polícia). Em
abril, foram 125, 78,57% a mais
que no mesmo mês de 2002.
Para o secretário Anthony Garotinho (Segurança), a polícia está
retomando "o controle da situação". Com base em dados da Secretaria Nacional de Segurança,
disse que o Rio "está longe de ser
o Estado mais violento do Brasil".
Os índices de abril, que devem
ser publicados hoje no "Diário
Oficial", mostram que, na comparação com abril de 2002, houve redução de homicídios (13,46%), latrocínios (51,72%), roubos de carga (33,99%) e a banco (28,57%).
Subiram os roubos com condução da vítima (42,3%) e os sequestros (de 2 para 3 casos, 50%). Os
roubos em ônibus aumentaram
0,78%. (FERNANDA DA ESCÓSSIA)
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