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Prefeitura suspende contratos
DA REPORTAGEM LOCAL
A administração José Serra
(PSDB) suspendeu na semana
passada todos os contratos de microdrenagem da cidade, que regem alguns dos principais serviços e atividades de combate às enchentes, como a limpeza de bueiros e de galerias de águas pluviais.
Os contratos previam gastos
mensais de quase R$ 3 milhões.
Sem eles, a prefeitura vai utilizar
atas de registro de preços para
contratar empresas para realizar
os serviços até novembro, quando
deve ser concluída nova licitação,
desta vez mais abrangente.
Segundo o secretário municipal
das Subprefeituras, Walter Feldman, os serviços de microdrenagem -que garantem a limpeza
das galerias e bueiros- não serão
afetados. "Estamos numa fase de
transição e havia denúncias de falhas na execução e na medição
que precisam ser averiguadas."
Esse é o primeiro contrato da
pasta das Subprefeituras que é
suspenso para reavaliação. Mas
não deve ser o único. Segundo a
Folha apurou, outros devem ter o
mesmo destino ainda neste ano.
A bancada petista na Câmara
criticou ontem a gestão Serra. Para o vereador Antônio Donato,
ex-secretário das Subprefeituras
na gestão Marta Suplicy, a suspensão dos contratos mostra que
"a política de prevenção não é
prática do governo Serra".
Já o vereador Paulo Fiorillo diz
que a ex-prefeita petista gastou
entre janeiro e maio de 2004, seu
último ano de governo, R$ 133,8
milhões em obras e serviços antienchente, incluindo canalização
de córregos, piscinões, varrição e
conservação em geral. Já Serra teria gasto nos primeiros cinco meses deste ano pouco mais do que a
metade -R$ 75 milhões.
Walter Feldman diz que os serviços de prevenção a enchentes e
inundações não sofreram nenhum tipo de paralisação desde o
início do ano. "Está tudo normal.
O que aconteceu foi algo diferente, uma chuva descomunal que teria inundado parte da cidade
mesmo que os bueiros tivessem
sido limpos um dia antes."
Segundo ele, as 31 subprefeituras já gastaram R$ 14,9 milhões
em atividades de microdrenagem
neste ano, além de R$ 18,4 milhões em obras nos piscinões
-que ficaram completamente
cheios anteontem. "Também gastamos cerca de R$ 70 milhões
com varrição e serviços complementares."
(FABIO SCHIVARTCHE)
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