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No Guarujá, deslizamento mata
irmãs de 8 e 9 anos e fere irmão de 3
MARIANA CAMPOS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
Duas irmãs, de 8 e 9 anos, morreram soterradas na madrugada
de ontem no morro da Vila Baiana, no Guarujá (litoral de São
Paulo), após um deslizamento de
terra causado pelas chuvas.
Outras três pessoas que estavam
na casa -pai, mãe e um irmão de
três anos- ficaram feridas. Elas
foram levadas ao hospital Santo
Amaro e passavam bem ontem.
De acordo com Elisângela Maria da Silva, 27, sobrinha do casal,
os tios e os primos estavam dormindo na hora do deslizamento.
A dona-de-casa Maria Cabral de
Souza, que mora há dez anos numa casa vizinha, perdeu a cozinha
no deslizamento. "Quando veio a
chuva, eu disse: "Tomara que não
tenha nenhuma tragédia'".
Outras duas casas foram totalmente destruídas na cidade devido a deslizamentos de terra. Duas
árvores caíram. Em 24 horas, choveu no Guarujá 128,1 mm -mais
da metade do volume registrado
desde o início do mês (239,6 mm).
Segundo a Defesa Civil, há 16
mil pessoas morando nas nove
áreas de risco do Guarujá. Os
morros da Vila Baiana, Vila Edna,
Cachoeira e Macaco Molhado são
os principais pontos.
Em Santos, foram registrados
pequenos deslizamentos de terra
nos morros da Nova Cintra, Caneleira, Saboó e Monte Serrat,
além de pontos de alagamento.
Uma ressaca já havia atingido a
cidade domingo de madrugada,
destruindo parte das obras de recuperação da última ressaca,
ocorrida em abril, na Ponta da
Praia. Oito metros de meio-fio
que já haviam sido recuperados
terão de ser nivelados novamente.
Em Cubatão, foram dois deslizamentos de terra no bairro do
Grotão e uma queda de árvore na
Cota 200. Não houve feridos. Em
São Vicente, houve alagamento
em algumas ruas e avenidas.
Na segunda-feira, a chuva que
atingiu o litoral provocou o naufrágio de um barco pesqueiro em
Bertioga e a morte de um homem.
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