Crime ocorreu na porta de agência bancária em Santo Amaro; outros sete acusados, entre os quais um vigia, foram presos

Os criminosos começaram a atirar quando policiais civis e federais os abordaram; suspeito morreu ao tentar atirar na polícia

DO "AGORA"

Um tiroteio na porta de uma agência bancária em Santo Amaro (zona sul de São Paulo) terminou com a morte de um suspeito e a prisão em flagrante de sete acusados, entre os quais um vigilante da agência.
Os envolvidos tentaram assaltar o Banco do Brasil da av. João Dias por volta das 15h30 de ontem, segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública. Eles começaram a atirar quando policiais civis e federais os abordaram -a Polícia Federal monitorava o grupo.
De acordo com a secretaria, integrantes armados da quadrilha estavam do lado de fora da agência, em pontos "estratégicos". Entraram no banco os criminosos que estavam desarmados. Para a polícia, houve facilitação do vigia -ele também estava sob investigação.

Tiroteio
Pela versão da secretaria, um dos assaltantes, numa praça localizada do lado oposto ao banco, foi quem primeiro atirou contra os policiais. Ele usava um fuzil 556 de fabricação austríaca. O homem foi baleado e morreu no local. Um policial levou um tiro de raspão no rosto.
Em março, a polícia paulista associou o crescimento do número de assaltos a banco à possível participação de vigias das agências. A hipótese foi revelada à Folha pelo delegado titular da Delegacia de Roubo a Bancos do Deic de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes e pelo delegado da Polícia Federal Marcelo Sabadin Baltazar.
A cidade de São Paulo teve 67 assaltos a banco no primeiro trimestre de 2007.

Revisão
No início deste mês, o governo estadual anunciou que vai fazer a revisão de todas as estatísticas criminais divulgadas desde 2004. A medida foi adotada após a recontagem de roubos a banco identificar o dobro de ocorrências originalmente divulgadas pelas gestões Geraldo Alckmin (PSDB) e Cláudio Lembo (DEM).
Pelas estatísticas oficiais, foram 487 assaltos a banco no Estado de 2004 a 2006. Com a revisão, o número de casos passou para 1.053 -566 a mais.
O governo decidiu revisar os dados de roubo a banco após a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) divulgar, em abril, índices da capital paulista superiores aos oficiais.
Com a revisão, o governo adiou para julho a divulgação dos dados do primeiro trimestre sobre outras ocorrências.


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